Cinco amigas e suas mentes criativas
High Five Stories
Desde o momento em que se encontraram na segunda-feira, a atitude dos dois para com o outro mudou, em relação às duas últimas semanas anteriores. Eles passaram a se cumprimentar de forma mais íntima, com, no mínimo, abraço e beijo no rosto demorado, se havia muita gente em volta, ou carinhos e selinhos, se as pessoas que estavam em volta eram poucas e mais próximas dos dois, como Mischa, Jesse, Tony, Tina, Rory e os outros colegas de Finn de Julliard. Também andavam de mãos dadas quando iam fazer um lanche juntos no intervalo dos ensaios ou quando se encaminhavam para o carro dele, que passou a levá-la para casa todos os dias, mesmo quando não havia tempo para ficarem juntos, em razão de algum compromisso.
Finn descobriu que na sexta-feira o ensaio terminaria mais cedo e imediatamente mandou uma mensagem para Rachel. “Amanhã você é minha depois do ensaio. Até o dia seguinte. Não marque nada!”
O telefone dele vibrou pouco tempo depois. “Aonde vamos?”
“Segredo, mas se quer saber o que vestir, será algo no mesmo estilo de sábado”. Finn tinha lido seu pensamento. Ela não se importava nem um pouco com o lugar, contanto que estivesse com ele, mas não queria fazer feio quanto ao modelito.
“Nós vamos a lugar diferente hoje, não convencional.” Disse Finn, após beijar Rachel demoradamente já dentro do carro dele, antes de dar a partida.
“Como assim diferente, Finn Hudson? Veja lá o que você vai aprontar comigo!”
“Relaxa, babe! Não é nada perigoso, ilegal ou imoral... eu não sei se você vai achar legal ou não, mas preocupada você não precisa ficar. E, se você não achar uma boa idéia, a gente sempre pode ir embora e escolher outro lugar, ok?”
Rachel concordou e Finn deu partida no carro, enquanto ela ligava o rádio e escolhia uma pasta do ipod conectado a ele, para deixar tocando, conforme ele havia dito para ela fazer. Durante todo o caminho eles foram conversando e ela rindo muito dele, que contava as aventuras amorosas do atrapalhado Rory. A última tinha acontecido naquela mesma semana, quando ele ficou com uma menina que estava convencida de que ele era um Leprechaun e saiu do encontro correndo ao descobrir que não.
Pouco tempo depois, o casal entrava em um bar, mas era realmente algo diferente. Não era um bar convencional, do tipo que pessoas da idade deles frequentam. Era um bar em estilo antigo e com música antiga e romântica, do tipo que as pessoas dançam juntinho. E não era somente isso: havia, de fato, casais dançando agarradinhos, ao ritmo daquela música tão convidativa.
Finn olhava Rachel, apreensivo, mas logo ele relaxou, porque ela abriu um daqueles seus sorrisos largos.
“Finn, que lugar incrível. Você é sempre tão cheio de surpresas! Quem poderia imaginar que você conheceria e gostaria de um lugar assim?”
Finn, na verdade, não conhecia o lugar, mas conhecia os músicos, que sempre comentavam sobre o local. Ele realmente nunca tinha imaginado frequentar o bar, não porque não gostasse do tipo de música, mas porque não era bom dançarino e também nunca tinha saído com nenhuma garota que ele achasse que poderia curtir tal programa. Ele tinha ficado temeroso em relação à possibilidade de Rachel não gostar de sua escolha, mas isso, na verdade, tinha sido só um sentimento normal, que ele teria independentemente do lugar, porque era importante para ele agradá-la, fazê-la feliz. No fundo, ele achava que era o lugar perfeito para os dois terem seu segundo encontro oficial.
“Quem imaginaria Finn Hudson dançando, isso sim”. Ele riu, oferecendo uma das mãos. “Dança comigo?”
“É uma honra!” Ela disse, sempre sorridente.
Os dois dançaram juntos durante várias músicas. Uma dança bem lenta, mais como um abraço com movimento do que como uma verdadeira dança. A dança não era realmente o forte dele, como ele dissera, então era melhor fazer dessa maneira. De vez em quando eles trocavam olhares, sorrisos, um carinho no pescoço dele, um nas costas dela, uma palavra ou outra sobre a música que estava tocando.
Depois de um tempo, foram para um canto do bar, para ela tomar um drinque e ele uma água, já que estava dirigindo. Escolheram também algo para comer e aguardaram, sentados lado a lado, dessa vez, em um pequeno sofá.
“E pensar que poderíamos ter dançado juntinhos assim há tanto tempo, hum?... que eu podia ter te levado ao nosso baile de formatura.” Ele falou perto do ouvido dela.
“Não... você não iria querer me levar ao nosso baile de formatura!” Ela falou, rindo.
“E por que não?” Ele perguntou, genuinamente surpreso com a afirmação dela.
“Finn, a gente era muito diferente! Eu não era como eu sou hoje, eu era uma ninguém e você provavelmente era o estereótipo do popular, já que você me contou que era o quarterback do futebol, o capitão do basquete... você deve ter tido uma namoradinha cheerio e levado ela ao baile... e vocês devem ter sido eleitos o rei e a rainha... é assim que as coisas funcionam... não você indo com a ‘judia maluca dos musicais’, aquela que ninguém sabe nem o nome.” Finn ria e ela, então, foi quem ficou confusa.
“Eu era popular, mas, sinceramente, eu nunca fui do tipo estereótipo, que joga as pessoas na lixeira, atira raspadinha ou ovo nelas, tranca meninos indefesos em banheiro público. E eu deixei de me importar completamente com a minha popularidade depois que eu conheci o Kurt e percebi que quase todos os populares eram uma fraude. Tinha um cara que se dizia o machão, era do time de futebol, era quem mais aprontava com meu irmão, e um dia simplesmente beijou o Kurt na boca! O cara era tão gay quanto ele e era um babaca que maltratava os outros pra se esconder.”
Ele respirou fundo e continuou.
“No último ano, eu cheguei a pensar até em sair do futebol, do basquete, e eu só não fiz isso porque os caras da banda também eram do time e eles queriam que nós estivéssemos juntos no nosso último ano.” Ele deu um beijo nela e rui de novo, lembrando das palavras dela. “Eu tive duas namoradas cheerios, sim, e várias outras queriam sair comigo porque eu era popular e tal, mas eu não levei nenhuma delas ao baile de formatura. Se você quer saber, Rach, eu sequer FUI ao baile de formatura. O rei e a rainha foram o Puck e a Quinn, a propósito... mas você nem deve saber quem eram esses.”
“É sério? Você não foi ao baile?”
“Aham.” Ele começou a beijá-la e ficaram assim um tempo, até que ele se deu conta de algo.
“Rach... se você não sabe que eu não fui coroado... você também não foi à festa?”
“Não. Eu também não fui. Eu só poderia ter sido convidada por um cara. E eu terminei com ele um tempo antes, então...” Ela deu de ombros e ele sentiu uma estranha satisfação por ela também não ter ido.
“Hoje é o nosso baile, então. Nós não fomos e, pra mim, só teria valido a pena, se eu tivesse ido com você. Nenhuma daquelas garotas valia a pena e foi justamente por isso que eu não fui.“
“Eu ainda acho que você não iria ao baile comigo se tivesse me conhecido... com tantas meninas lindas lá, você não foi...”
“Rachel, você é LINDA! Linda... eu... eu perco a noção do tempo olhando pra você, eu fico até com medo de parecer um louco, paralisado olhando pra você. Eu só não gosto mais de olhar para você do que eu gosto de tocar você, de te beijar... você sabe, tudo que a gente faz... que é tão, TÃO bom!”
Ele fez um carinho no rosto dela e a beijou mais uma vez e os dois combinaram de dançar mais, depois de comer a salada que tinham pedido e que acabara de chegar, para que aquela noite fosse o baile que ambos haviam perdido. E foi o que eles fizeram, até o momento em que a banda parou de tocar e os garçons começaram a fechar as contas dos poucos clientes que ainda estavam por lá.
Obviamente eles passaram a noite juntos, dessa vez no quarto dela, por iniciativa da própria Tina que estava gostando muito também dessa história de poder dormir tantas vezes com o namorado. De manhã, Finn acordou, sentiu falta de Rachel na cama e, escutando o barulho do chuveiro, se deu conta de que ela tomava banho e resolveu se juntar a ela.
A estudante cantava...
“Strangers waiting, up and down the boulevard
Their shadows searching in the night”
Até ouvir alguém se juntar e cantar os próximos versos, e ficar paralisada.
“Streetlights people, living just to find emotion
Hiding, somewhere in the night
Working hard to get my fill
Everybody wants a thrill”
Então, Finn entrou no chuveiro, terminando.
“Payin' anything to roll the dice,
Just one more time"
"Por que você parou de cantar, babe?”
“Finn Hudson! Que talentos você não tem?”
Ele riu e ela o acompanhou.
“Babe, eu tenho alguns, sim, modestamente... mas” ele se aproximou do ouvido dela e falou o resto pontuando palavras com beijos bem atrás do lóbulo da orelha “... o talento que eu mais gosto de usar é o de fazer você gozar para mim, hum? Fazer você tremer, gemer...” Ele agora já passava as mãos por todo o corpo dela e ela já tinha a respiração alterada, sentia um calor entre as pernas. “Por que eu não pratico esse meu talento agora, hein?”
“Ok, babe. Esse seu talento também é incontestável. Mas não pense que eu vou esquecer esse assunto, ok?” ela segurou no membro dele que já estava visivelmente duro. “E uma outra coisinha... hoje é sábado e vamos ter nosso terceiro encontro oficial... dessa vez, a surpresa é toda minha!”