Cinco amigas e suas mentes criativas
High Five Stories
Quando Finn e Rachel se largaram, ela sentiu o mundo girar de modo fascinante ao seu redor. Suas pernas estavam bambas, seu coração disparado.
–Boa noite, Rachel.- ele simplesmente disse, afastando-se.
“Ai, meu Deus!”, ela gritou consigo própria, quase tacando a cabeça na parede. “Tô gostando dele!”
No outro dia, na Music House, as coisas estavam meio estranhas, não havia como negar.
Olhares furtivos de um lado e do outro demonstravam que coisas mais densas do que uma simples implicância estavam rolando entre Finn e Rachel.
–Olá, pessoal!- cumprimentou Will, entrando na sala dos professores.- Vamos nos juntar aqui, rapidinho; temos que organizar nossa “Noite Mágica”.
Gritinhos de excitação de algumas professoras, como Tina Cohen-Chang e Brittany Pearce, e sorrisos abertos de Noah Puckerman e Sam Evans, chamaram a atenção de Finn. Curioso, ele se sentou próximo ao irmão e perguntou:
–O que é isso, “Noite Mágica”?
–Uma noite de festa, um evento organizado todos os anos aqui para arrecadarmos fundos.- respondeu-lhe Kurt.
Finn olhou para a ponta oposta da mesa, onde Rachel ouvia atentamente as palavras de Will:
–Bom, este ano, quero uma festa que nos ajude a atrair um número maior ainda de pessoas, vocês sabem, a Music House depende muito dos recursos levantados neste evento. Eu estive pensando no tema deste ano, e que tal se fizéssemos “Os Embalos de Sábado à noite”? Adoro este filme, e é algo que todo mundo também curte.
–Ai, amei, Schue, quero cantar “Disco Inferno”!- disse Mercedes Jones, outra das professoras de música da casa.
–Todos estão a favor?- perguntou Will.
Os professores sacudiam as cabeças afirmativamente, e o diretor da Music House viu que sua ideia tinha sido bem aceita:
–É, galera, agora, como todos sabemos o que acontece... ESCOLHEM SEUS PARES!
Finn ficou feito tonto, porque uma algazarra tomou conta da sala e todos começaram a gritar os nomes dos outros e ele ficou no meio do tiroteio, sem entender nada.
–Ok, ok!- riu Will.- Vamos aos pares! Santana e Brittany, Sam e Mercedes, Tina e Mike, Artie e Puck, Kurt e Blaine, Marley e Jake! Rachel, você ficou sozinha?! É a primeira vez que isso acontece!
–Pois é, parece que alguém aqui vai ter que trabalhar seu número sobre “Os Embalos” sozinha, e ganhar sozinha o prêmio da Noite Mágica, mas tudo bem...
–E... eu posso ficar com você, Rachel.- a voz de Finn saiu meio hesitante.
Ela piscou algumas vezes, um pouco desconcertada, até responder:
–Tá... tudo bem.
{...}
Após as aulas da manhã, na pausa para o almoço, Rachel seguiu para sua sala, um pouco indisposta. Aliás, não é que estivesse sentindo algo, era só que... era difícil de explicar. Rachel se sentia frágil e insegura, algo que não era do seu feitio, oque a deixava, consequentemente, amedrontada.
–Posso entrar?- Finn perguntou, colocando a cabeça por uma brecha da porta aberta.
–Pode.- ela assentiu.
– Não vai almoçar? Hoje tem rosbife.
–Não como carne.- ela respondeu.
Finn colocou as mãos no bolso, como se estivesse calculando o que falar. Ficar ao lado de Rachel era algo que estava mexendo com ele. A garota podia dar seus chiliques, bancar a irritadinha e perfeita, mas seria mentira não admitir que ele se sentia... tocado por ela, de certa forma.
– Me explica direito este troço de Noite Mágica. Por que temos que escolher um par?
–Ah, é porque somos premiados se nossa performance ganhar. É um lance que o Will inventou pra que a gente se empenhe mais ainda.
– Hum, e o que você sugere que a gente faça? Porque eu não sei dançar, então, qualquer coisa à la John Travolta rebolando...
–Não, não vamos fazer nada disso.- ela o interrompeu.- Mas, eu adoro Bee Gees. Por que a gente não canta “More than a Woman”?
–Ei, esta música é bacana. Taí, gostei.- ele disse, e já ia fazendo um movimento em direção à porta quando ouviu Rachel atrás de si:
–Por que... por que você me escolheu? Por que não chamou a Marley?
Finn virou-se para ela:
–Porque nada que eu faria sairia tão bom se não fosse com você.
Rachel estremeceu, baixando os olhos. Finn chegou mais perto, e com um surpreendente carinho, enlaçou sua cintura. Os olhos de ambos se encontraram, e havia um misto de confusão em ambos.
–Finn, nós temos que ir para a próxima aula...- ela sussurrou.
–Não fuja de mim, Rachel.- ele disse, puxando-a mais para si.
– Eu não sei explicar o que é isso, Finn, mas eu tô com medo. Tô assustada.
–E você acha que eu não tô também?- ele retorquiu.- Seria mais fácil estar mesmo gostando da Marley, se fosse para escolher gostar de alguém aqui. Eu não queria esta complicação a mais, mas não vou negar que você faz meu coração disparar, Rachel.
Ele baixou sua cabeça e seus lábios encostaram nos dela. Foi um contato leve, macio, até que, segundos depois, suas bocas já estivessem se fundindo, línguas deslizando uma pela outra. Um sentimento inundava as veias dos dois, um fogo ardido, incontrolável, inegável.
–Finn, eu tenho medo.- Rachel murmurou.- Não quero me envolver demais, eu...
–Shhh...- ele pôs o dedo indicador sobre os lábios ainda molhados dela.- Você precisa aprender a deixa as coisas rolarem, Rachel. Você é toda responsável, toda séria, chata.
Rachel riu, tapeando o peito dele:
–Eu sou chata?! Todo mundo gosta de mim!
–Há, percebi. Todo mundo te escolheu como par para a Noite Mágica, não foi?- Finn rebateu, rindo.
Rachel ficou vermelha feito pimentão e Finn começou a rir. Ela quis se afastar dele, mas o rapaz foi mais rápido e a colocou sobre seu birô, prendendo seus braços:
–Adoro te deixar esquentadinha. Mas, agora, deixa eu te esquentar de outro jeito.- ele falou, atacando seu pescoço com avidez, arrancando um gemido langorioso dela.
Finn beijava, chupava, mordia, suas mãos agora estavam sobre as pernas dela, e as de Rachel estavam no seu cabelo, arrepiando-o inteiro. Entre beijos molhados e car´cias, ele desceu e tocou nos seus seios, fazendo Rachel sussurrar seu nome de forma tão maviosa, que pareceu música aos seus ouvidos.
–Você é tão gostosa, Rach...- ele grunhiu ao baixar as alças do vestido dela, deixando-a com o busto apenas coberto pelo sutiã.
Rachel estava toda bagunçada, suspirando, ofegando. Nunca ninguém a tinha dominado tão facilmente, achado todos seus pontos fracos de uma só vez:
– Você é tão bom quanto encrenqueiro.- ela riu, desta vez tomando a atitude e passando as unhas pelo abdômen de Finn.
Ele riu sobre a pele dela, que era macia e sedosa, tenra sob seu toque. Finn não acreditou quando, tomada de desejo na sua forma mais pura, Rachel retirou o sutiã. Nunca vira seios tão belos e delicados, tão bem desenhados e rígidos que pediam para serem tocados e saboreados.
–Rach...- ele disse, beijando com carinho a curva do pescoço dela e tocando com presteza seus mamilos, tentando decorar e mapear cada centímetro deles, sendo embalado pelos gemidos e a respiração cada vez mais descompassada dela...
–Rachel, você tá aí?- perguntaram do outro lado da porta.
–Oh, meu Deus!- Rachel se desesperou, saindo do seu transe lascivo e empurrando Finn.- O-o-lá, Kurt.- ela conseguiu articular.
– Nossa, pensei que você tinha saído! Escuta, você ficará com a turma que está se dirigindo para o auditório, ok? Não demore!
–Tá- tá bom.- ela disse.
–Ah!- exclamou Kurt, do outro lado da porta.- Você sabe por onde anda o Finn? Puck queria saber se ele não podia acompanhá-lo num ensaio na bateria.
Finn riu, abafando os ruídos contra o pescoço de Rachel, lambendo lá. Rachel teve que lutar para manter a voz o mais estável e responder Kurt:
–Não faço a mínima ideia.
–Então, tá, já vou indo.- Kurt se despediu.
–Ufaaaa... – suspirou Rachel.
–Começamos bem, hein?- Finn riu.
–Nós quase fomos pegos! Eu... eu... isso não pode voltar a acontecer!- ela dizia, frenética, tentando se recompor até Finn segurar seu queixo e olhá-la de forma divertida, o que hipnotizou-a:
–Hey, baby... relaxa.