Cinco amigas e suas mentes criativas
High Five Stories
Finn não teria a dimensão do que era aquele evento para a Music House se não estivesse respirando aquela atmosfera.
Alunos e professores ensaiavam entusiasmados, cada par empenhado em desenvolver a melhor coreografia e atingir notas perfeitas para ganhar o prêmio de cinco mil dólares que seria dado para o vencedor da “Noite Mágica”.
Aquele evento era algo sagrado para Will Schuester. Era a forma de ajudar a comunidade a interagir com a instituição e angariar patrocínios para que a Music House se mantivesse prestando aulas de qualidade e excelência em música para crianças e jovens que, normalmente, não teriam como pagar uma boa escola de música.
E ele, Finn Hudson, pela primeira em um longo tempo, estava se entusiasmando e genuinamente gostando de fazer uma coisa. Ele se sentia um pouco mais mudado, mais feliz, por assim dizer, como se estivesse recobrando uma paz que ele nem sabia que lhe fazia falta. Em parte, isso era por conta da nova vida que levava, sem excessos, “dentro dos trilhos”, para reaver a confiança da sua mãe e do seu padrasto; em outra, por causa daquela baixinha judia gostosa e teimosa que fazia seu coração se aquecer e pular de alegria sempre que ela aparecia.
E lá vinha ela, sorridente, com vários papéis na mão:
–Vamos fazer uma apresentação incrível, Finn.- ela entregou algumas partituras para ele.- More than Woman vai ficar perfeita com as nossas vozes.
O jeito como ela falava, sorria, gesticulava, tudo aquilo estava o hipnotizando:
–Eu aposto que sim.- ele sorriu com o canto do lábio.
De repente, seus rostos foram se aproximando, devagar, e eles já estavam quase se beijando, quando Marley surgiu na sala, acenando para eles alegremente:
–Olá, Finn, Rachel! – estou tão contente pela Noite Mágica, vocês também?
Rachel suspirou, levantando-se apanhando suas partituras, enquanto Finn respondia que sim e ele e a outra garota engatavam uma conversa sobre amenidades.
Era difícil para Rachel, mas ela tinha que admitir que Finn era um imã poderoso. Ela estava apaixonada, enciumada, encurralada pelos seus sentimentos, que ela não podia evitar.
{...}
Atrás das cortinas do palco, Rachel viu apreensiva Santana e Brittany, Kurt e Blaine e Mercedes e Sam darem espetáculo com suas performances. Mas seu nervosismo pareceu de desvanecer um pouco quando sentiu as mãos fortes de Finn em seus oombros e sua voz rouca no seu ouvido:
–Vai dar tudo certo.
Ela sorriu de volta e eles se deram as mãos ao serem chamados por Will.
Cada verso, cada palavra soavam como únicas, reais, como se cada linha fosse uma confissão sobre o que eles sentiam um pelo outro.
“Here in your arms I found my paradise, my only chance for happiness
and if I lose you now I think I would die
Oh, say you'll always be my baby we can make it shine,
we can take forever, just a minute at a time, oh
More than a woman (you are, baby),
more than a woman to me”
“Aqui em seus braços eu achei meu paraíso minha única chance para a felicidade
e se eu te perder agora eu acho que morreria.
Oh, diga que você sempre será minha, querida e poderemos brilhar,
Nós estaremos juntos sempre, a cada minuto, oh
Mais que uma mulher (você é, querida),
mais que uma mulher para mim”
Quando a apresentação acabou, era como se não houvesse mais nada ali, ninguém, eram apenas os dois olhando-se com amor, eram apenas seus corações batendo no mesmo compasso.
–Ótimo, maravilhoso!- Will aplaudiu, quebrando o encanto entre eles.
Finn e Rachel desceram do palco de mãos dadas, ainda, e Kurt deu uma cutucada discreta em Blaine, apontando aquilo, mas eles nem perceberam.
Passaram o resto da noite sorrindo, comendo, dançando, sem se desgrudar, desfrutando daquela noite prazerosa.
Eles estavam dançando uma música lenta, sob a penumbra, sentindo seus aromas. Finn quebrou o silêncio, perguntando:
– Você já pensou no que fazer com o prêmio, se a gente ganhar?
–Hum, aplicar na poupança, talvez. – respondeu Rachel.
–Sempre certinha e precavida, a minha garota.- ele comentou.
Rachel arregalou os olhos, tentando absorver o que ele tinha dito:
–“Minha garota” ?!
–Sim. Acho que agora você é minha.- ele riu, recostando-a em seu peito.
Quando Will interrompeu a música e anunciou que eles tinha ganhado, Finn a segurou pela cintura e a rodopiou pelo salão, Rachel riu alto, sentindo-se quase num sonho, numa felicidade que ia além do prêmio conquistado.
{...}
–Nunca curti tanto um evento na Music House como hoje.- Rachel confidenciou andando agarrada ao braço de Finn enquanto eles caminhavam na rua fria e deserta da madrugada.
– Esta noite foi incrível, mesmo.- Finn retorquiu, olhando para as estrelas.- Rachel, eu... será que a gente pode conversar um pouco?
–Mas nós já estamos conversando!- ela exclamou.
–Sim, mas... er... em que nível de relação nós estamos? Digo... estamos aqui, caminhando sob as estrelas quase abraçados, tivemos uns amassos quentes, cantamos juntos hoje de uma forma tão bonita...
Rachel parou, de súbito, olhando-o com atenção:
– Eu... eu gosto de você, Finn. Não deveria, porque não é bom se entregar tanto, mas, Finn...
–Eu tô apaixonado por você.
Os olhos dela se encheram de lágrimas, seu coração bateu disparado. Ele estava apaixonado por ela, e aquilo era louco demais, mas ela queria, ah, como queria.
– Eu sei que nos conhecemos de uma forma um tanto brusca, mas agora eu quero começar tudo com o pé direito. Quer namorar comigo, srta. Berry?
Rachel abriu a boca, sorriu, quis falar algo, mas nada lhe ocorria.
–Isso é um sim?- ele indagou, hesitante.
–É.- foi a única coisa que ela conseguiu dizer, antes de abraça-lo e beijá-lo com força, a paixão correndo vertiginosa por suas veias, línguas quentes batalhando por domínio, cheias de desejo e amor.
–Vamos subir? – Rachel perguntou, recuperando um pouco do fôlego, a boca túrgida, enquanto ele balançava freneticamente a cabeça em sinal positivo.
Adentraram o apartamento dela aos tropeços, se beijando como se não houvesse amanhã, peças de roupa se espalhando pela sala, gemidos de prazer ecoando quando ele começou a “marcar território” no pescoço dela:
–Sua pele... ah, como você é quente...- Finn sussurrou, sentindo-a serpentear embaixo dele, lasciva. Rachel mordia os lábios para não gemer mais alto, o desejo a atingindo em cheio. Passara tanto tempo reprimindo a necessidade de amar, focando-se apenas em sua carreira, que agora parecia que todas suas moléculas gritavam pelo toque audacioso de Finn para levá-la à loucura.- Hoje, sua noite será mágica, Rachel.