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Depois de sorrir e trocar alguns beijos com Rachel, Finn decidiu ligar para o serviço de quarto e pedir alguma coisa para eles comerem. Enquanto ele fazia isso, Rachel resolveu tomar um banho, deixando-o tentado a se juntar a ela, o que ele, infelizmente, não pode fazer porque não sabia quanto tempo seus pedidos demorariam a chegar.

Pouco depois de a garota voltar ao quarto, vestindo um roupão do hotel, secando os cabelos com uma toalha, e sentando-se na cama, enquanto ele estava admirando a vista de NY pela janela, os dois escutaram as batidas na porta que anunciavam a chegada da comida, tão necessária para a recuperação da energia que tinham gasto no camarim do teatro e ali mesmo naquele lugar.

Finn havia pedido queijos, frios e frutas, além de uma garrafa de vinho branco bem gelado. Mais tarde ele ficou grato por ter seguido o conselho de seu irmão, que sempre dizia que o paladar começa a se incitado pela cor, que as refeições precisam ser coloridas. Esta tinha sido a razão para ele pedir as frutas, o que salvou o dia, uma vez que descobriu que Rachel não comia queijos e frios, tinha adotado há alguns anos uma dieta vegan.

Eles comeram quase tudo que havia sido entregue e beberam toda a garrafa de vinho. Ele brincava de fingir que ia dar uma fruta para ela e a comia ele mesmo, outras vezes colocava-a entre seus próprios lábios e a fazia pegar a fruta ali, em outros momentos dava a fruta a ela, tocando seus lábios no final, na esperança de que ela os lambesse ou chupasse, mas nessas horas ela parecia estranhamente tímida, para que acabara de transar com ele e de, em seguida, gozar em sua boca.

Ela também deu comida na boquinha para Finn algumas vezes. E ela não comia mais queijos e frios, então ele usou essa desculpa para “limpar” os dedos dela, cada vez que ela lhe ofereceu um pedaço de uma daquelas preciosidades. Quando ele fez isso pela terceira ou quarta vez, ela soltou um leve gemido, que não passou despercebido por ele, e que foi suficiente para ele avançar para cima dela e iniciar mais um round, o último daquela noite.

No dia seguinte, antes de deixar o hotel, por volta das seis da tarde, ainda transaram algumas vezes, sendo uma delas no chuveiro, depois de ele ter invadido o banho dela (apesar de já ter tomado banho antes dela, ele não resistiu), levando uma camisinha consigo, por saber bem demais o que queria. Foi a primeira vez em que Rachel fazia sexo naquela posição, em que tantas vezes já tinha se imaginado e, como relatado por várias de suas amigas, aquilo era bom demais!

Finn, como um perfeito cavalheiro, deixou Rachel na porta da república em que ela morava, antes de seguir para seu próprio lar. A noite de sábado e o domingo foram de total preguiça para ambos, que só ficaram em seus próprios quartos, deitados, ouvindo música, mexendo em seus laptops, assistindo TV, essas coisas triviais. E, é claro, pensando nas horas deliciosas que tinham passado juntos, sem qualquer arrependimento, mesmo que, da parte dela, permanecesse, ainda, um pouco de medo de uma coisa tão intensa.

Na segunda-feira havia ensaio para ambos e certeza absoluta de que iriam se encontrar mas nenhum dos dois sabia o que esperar do outro. Rachel riu quando encontrou no chão de seu camarim os papéis que ele tinha entregue a ela, com as sugestões para a melodia de “The Perfect Link”, e que haviam ficado totalmente esquecidos no chão. Ainda bem que ela mesma os havia encontrado ou haveria milhões de indagações por parte das outras meninas e somente Tina sabia que ela e Finn tinha dormido juntos. Finn, por sua vez, teve vontade de parar de tocar para poder ver o palco uma vez na vida, ver aquela pequena em ação. Ele sabia que a voz era grande, mas queria ver se ela tomava conta do palco como ele imaginava. No entanto, era um profissional e permaneceu em sua posição na banda. Ele a veria mais tarde.

E foi o que de fato aconteceu: ele foi procurá-la mais tarde, encontrando-a no camarim, outra vez já sozinha. Os dois não precisaram dizer nada. Ela somente trancou a porta e os dois se agarraram, deixando os corpos falarem por eles. Era tanto desejo AINDA! Nem parecia que eles tinham curtido horas de prazer intenso apenas dois dias antes.

Os dois transaram ali mesmo no camarim, novamente, e não uma, mas duas vezes! Não sentiram medo de ser pegos em flagrantes ou o receio, a adrenalina, talvez estivessem contribuindo para aumentar ainda mais ou prazer. Quando se recuperavam, enroscados em no outro no sofá, Finn acabou perguntou, mais por curiosidade do que por considerar isso importante àquela altura, por que Rachel não tinha ligado para ele no início das aulas e não aceitara sair com ele quando ele convidou.

“Eu não sabia muito bem como agir com você. Era uma experiência nova pra mim. Eu... eu nunca tinha transado com alguém que até algumas horas antes era um completo estranho.”

Finn apenas ouvia Rachel, passava os dedos pelos cabelos dela, sentindo o corpo dela contra o dele, o cheiro inebriante do perfume dela, misturado ainda com os hormônios que o corpo dela exalara.

“Eu... antes de você, Finn... eu não... eu não sou propriamente uma mulher sexualmente experiente, sexualmente ativa e tal. Eu só tinha ficado assim íntima de alguém quando eu estava namorando.”

Rachel pensou bem em sua frase. Não queria dizer que tinha tido UM namorado e transado com apenas UM cara antes dele, mas também não queria mentir, então deixou no ar. Usar “quando estava namorando” era a estratégia perfeita. Eles estavam só transando, então ele não precisava saber tanto assim sobre ela. Talvez até o que ela estava falando já fosse muito.

“Isso assustou você... ter ficado com um desconhecido?”

“É... de certa forma. E também tanta intensidade!” Droga! Talvez fosse melhor ela não ter dito isso. Se ela não queria ficar vulnerável, certamente não era a melhor tática desse mundo dizer que tudo tinha sido tão intenso para ela.

“Não sei se serve de consolo, mas... também me assusta essa... intensidade. Eu... eu posso ser mais experiente que você, já ter transado com garotas no primeiro encontro, mas, sinceramente, foi mais porque elas estavam ali, muito disponíveis, meus amigos sempre insistindo que eu tinha que viver mais... nunca foi por eu ter me sentido... irremediavelmente atraído... como eu me senti por você naquela noite.”

“Eu mexi tanto assim com você, foi?” ela perguntou, em tom implicante, na verdade disfarçando o quanto a confissão dele tinha importância para ela.

“Você MEXE tanto assim comigo... MEXE! É um desejo que não se satisfaz, que só aumenta... por isso ele me tira do controle e isso me assusta, sim, às vezes, mas é TÃO bom!... É tão bom, Rachel... para que eu quero controle?” Ele riu do que disse e ela riu com ele, e só não começaram tudo de novo porque o celular dele tocou e Kurt gritava do outro lado da linha, pois já estava esperando por ele há algum tempo. Droga! Ele tinha esquecido completamente.

Durante todo o resto dessa semana e na próxima, eles fizeram sexo todos os dias: mais umas duas vezes no camarim, uma vez no carro dele, estacionado estrategicamente em um canto escuro da garagem de NYADA, algumas vezes no quarto dela, outras no dele.

Eles não se beijavam em público, não andavam de mãos dadas, não dormiam juntos. Eles não estavam namorando, não era um relacionamento. Eles gostavam (na verdade adoravam) fazer sexo um com o outro, tinham uma química do outro mundo, mas era só isso! Pelo menos eles agiam como se assim fosse.

Na verdade, secretamente, ambos desejavam e tinham esperanças de que pudesse ser mais, mas nenhum deles tinha tido, pelo menos até aquele momento, coragem de dar um passo a frente, de tentar a sorte.

Na sexta-feira da segunda semana, depois de uma tarde inteira de ensaio, os dois foram direto para o quarto dela, uma vez que Tina iria jantar com os pais e dormir na casa deles. Ela estava pensando até em convidar Finn para passar a noite dessa vez, mas ainda não o tinha feito, mesmo depois do segundo round. Enquanto ela tomava banho, ele pensava em algo que o vinha incomodando há uns dias.

Ele e Rachel experimentavam de tudo, faziam sexo em várias posições, provocavam um ao outro de todas as maneiras. Ele já conhecia bastante bem os pontos mais sensíveis dela e o que deveria fazer para ter cada reação que ele queria (como, por exemplo, quando ele queria que ela falasse o nome dele bem baixinho, ele acariciava um ponto exato atrás da orelha dela com o nariz), e a essa altura ele também já se sentia encorajado a falar obscenidades para ela durante o sexo. No entanto, ele percebia, algumas vezes, que ela não parecia tão à vontade quanto ele.

Finn já havia pensado que talvez ela não gostasse desse tipo de coisa, mas as reações dela ao que ele falava eram mais do que positivas. Ela somente não tomava iniciativas, parecia tímida. Rachel Berry tímida? Não parecia muito provável, então, ele resolveu que a melhor opção seria conversar, e foi o que ele fez quando ela voltou para o quarto.

“Rach, eu queria te perguntar uma coisa... quero que você seja totalmente sincera, ok?"

“Ok.”

“Você às vezes parece pouco à vontade comigo... mesmo na cama... parece que você se segura, fica travada... não faz exatamente tudo que você tem vontade de fazer. Mesmo depois de... a gente tá fazendo isso todo dia há... duas semanas!” Ele parou, mas ela estava em silêncio e olhando para as próprias mãos, em seu colo. “Eu queria ter você COMPLETA nisso... porque, pra mim... eu me jogo completamente, eu exponho todo o meu desejo por você, todas as reações que você provoca em mim... tudo. Rach... você... você fica... tímida?” Ele terminou, levantando o queixo dela, para que ela, enfim, o encarasse.

“Eu... é... um pouco, Finn. Eu fico um pouco. Como eu te falei outro dia, isso tudo é novo... muito novo pra mim.”

“Existe alguma chance de você... por acaso... é... pensar que eu posso te achar... vulgar?”

“Huuum... talvez?”

“Rach...” ele falou, um misto de irritado e preocupado por ela pensar uma coisa dessas “... eu NUNCA pensaria isso de você. Eu posso ter te conhecido há pouco tempo, mas eu tenho todas as razões do mundo pra ter certeza que você é a chamada moça de família. “Ambos riram. Ele pegou a mão dela. “Você é amiga da Tina, que nunca teria uma amiga vulgar. Você não tem nenhum comportamento vulgar em público e eu trabalho com você todos os dias, eu te vejo. Você se veste de uma forma sensual, mas romântica ao mesmo tempo... e não se esqueça que eu li a letra de uma das suas músicas. Eu sei que você quer mais do sexo na sua vida.”

“Finn, eu não que...”

“Espera.” Agora que ele tinha começado, ele iria em frente, então ele pousou um dedo nos lábios dela, a fim de interrompê-la. “Na verdade, já há alguns dias, eu venho pensando... eu adoro... você sabe o quanto eu ADORO transar com você... mas eu acho que a gente deveria fazer outras coisas também. Se você aceitar, eu quero sair com você... cinema, teatro, um jantar... o que você me diz?”

Ela foi pega de surpresa, mas era, definitivamente, uma boa surpresa.

“Eu... claro! Vamos sair... eu acho que vai ser legal a gente sair. Vamos, sim.”

“Então esta combinado, Srta. Rachel Berry. Amanhã. Oito horas da noite. Eu vou passar aqui e te pegar. Vá muito bem vestida, Srta. Isso é um encontro!”

Capítulo 9

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