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- "Então demos um aplaudo para Hudson, rapazes, que será um homem casado no próximo treinamento!" – gritou o treinador Parker quando todos estavam prontos para abandonar a prática.

O som dos repentinos aplausos fez com que Finn se corasse um pouco.

- "Isso não era necessário, Parker." – disse para seu chefe quando ficaram sozinhos.

- "Vai se casar Hudson. É o mínimo que podemos fazer. Isso e isto." – lhe respondeu o homem, entregando um envelope branco.

- "O que é isso?"

- "É minha carta de renuncia. Se ganharmos o Super Bowl (e acho que temos serias chances) vou me retirar. E quero que você ocupe meu lugar. Você e Blaine, claro." – explicou Parker, enquanto terminava de arrumar seus papeis e fechar seu escritório.

- "Quer... que sejamos treinadores?" – perguntou Finn, atônito, segurando o envelope em suas mãos como se tratasse de uma questão de vida ou morte.

- "Quero que você seja o treinador. Francamente, Hudson, acho que é um desperdício que só seja ajudante de campo. É muito jovem, mas tem talento e paixão. Sobretudo paixão. E acho que fará um trabalho magnífico." – lhe confessou o velho homem, batendo no ombro dele.

Finn agradeceu com o pouco de voz que tinha, enquanto se sentava no banco mais perto do já vazio vestiário. Começava a achar que as coisas estavam saindo bem demais.

-oo-

- "Já enviou o cheque para o pessoal das flores?"

- "Sim."

- "Genial. Amanhã devemos pegar os vestidos e deve recordar ao Finn que o smoking dele estará pronto de manhã cedo."

- "Sim, eu sei Kurt."

- "E não esqueça de falar com o seu pai para que confirme a hora com o rabino Greenberg."

- "Kurt! Pode parar por um momento com sua missão de planejador de casamento e simplesmente ser meu amigo?" – o interrompeu Rachel.

Kurt sorriu, enquanto fechava seu computador e tirava o óculos.

- "O que foi? Do que quer falar?" – questionou ele.

Rachel se sentou, deixando na mesa o prato com os biscoitos e as duas xícaras de café.

- "Bom... você é meu único amigo casado e queria alguns conselhos. Queria saber se algo... muda quando se casa." – lhe explicou.

- "Nada. Tudo. Um pouquinho só. De alguma forma serve para renovar o compromisso. Mas quando duas pessoas se amam (e Finn e você fazem bastante bem) o matrimônio é apenas... uma mudança de nomes. Nada mais que isso." – disse Kurt, mordendo um dos biscoitos.

Rachel sorriu para ele, enquanto o imitava e comia também.

- "Eu só... não se supões que deveria estar nervosa, insegura... em pânico?" – perguntou estranhando.

Kurt soltou uma gargalhada.

- "Deve ser a primeira noiva que deseja estar assim. Por que deveria estar insegura, de sentir pânico? Finn e você já vivem juntos. Já adotou Amy como sua filha, cumpre o papel de esposa e mãe no dia a dia. Nada disse mudará por estar ou não casada com Finn. Isso, Rachel, é algo para você dois. É... um presente que vocês se dão." – explicou Kurt, estendendo sua mão sobre a mesa para acariciar a de sua futura cunhada.

Rachel sorriu, segurando a mão dele também, enquanto Finn entrava na cozinha e deixava sua bolsa no armário.

- "Como vão, senhoras?" – brincou, enquanto se sentava ao lado de Rachel e lhe dava um beijo na bochecha.

- "Nada mal. Repassando os últimos detalhes. Não se esqueça de buscar seu smoking..."

- "Amanhã de manhã, sim Kurt. Eu já sei." – o interrompeu Finn, colocando um biscoito inteiro na boca.

Kurt lhe devolveu o olhar de nojo e Rachel teve que conter uma gargalhada.

- "Três dias, carinho. Três dias e será a senhora Hudson e não terei que me preocupar mais por todos os homens que te perseguem e colam posters seu nas paredes de suas alcovas." – brincou Finn, a abraçando enquanto ela soltava um risinho.

- "Acho, Finn, que não deveria se preocupar por esses homens sob nenhum conceito. Eu costumava ter posters da Idina Menzel e agora me vê aqui." – disse Kurt, voltando a ligar seu computador para repassar, pela milionésima vez, a lista de coisas para fazer.

-oo-

- "Não negue, Berry! Nem se atreva a negar." – disse Quinn risonha, enquanto o resto se servia com mais doses de tequila.

- "Não estou negando, Quinn!"

- "Quero que diga, diz!"

- "Ok, ok. Sim, Finn e eu nos beijamos enquanto vocês ainda estavam juntos e sim... eu fazia o impossível para tirá-lo de você." – disse Rachel, no mesmo tom, enquanto ganhava mais uma rodada de aplausos do resto dos presentes.

- "Bom Quinn, você engravidou do Puck estando com Finn, ainda quando sabia que Puck e eu tínhamos algo." – lhe recordou Santana, passando para Kurt uma garrafa de um colorido conteúdo.

- "Sim, vocês tinha algo: sexo. E você tinha com ele e com metade da escola." – a corrigiu Quinn, com outra gargalhada.

- "Comigo também." – disse Brittany do outro extremo do porão, fazendo com que a barulhenta despedida de solteira perdesse, por uns segundos, toda a euforia.

O grupo de mulheres se virou de totalmente para vê-la e ficaram em silencio uns segundos, até que alguém rompeu em gargalhada.

- "Uma rodada pelos comentários da Brittany!" – propôs Mercedes e o resto dos presentes aceitou a ideia.

- "Bom Rachel, em vista do que acontecerá amanhã, sua vida sexual será definitivamente reduzida a uma só opção, esse é o momento perfeito para que faça uma recordação de seus parceiros sexuais, de forma que todos possamos desfrutar." – disse Kurt, com voz solene, enquanto todas se sentavam nas almofadas que haviam distribuídos no chão do porão dos Berrys.

Rachel corou um pouco, mas muito menos do que teria corado se estivesse sóbria.

- "Bom... Finn, obviamente. Ele foi meu primeiro e, aparentemente, também será o último. Não me queixo. É muito, muito, muito satisfatório e..."

- "Ok, ok. Não quero saber sobre o desempenho sexual do meu irmão." – a interrompeu Kurt, colocando uma mão sobre os lábios para que Rachel não continuasse.

Ela deu uma mordida e Kurt lhe devolveu o gesto dando um tapa na testa dela.

- "Bom... depois teve Charlie Samuels. Ele estudava comigo na faculdade em Nova York. Saímos por quase dois anos, mas nunca chegamos a nada sério. Tinha uma relação um tanto edípica com sua mãe e para dizer a verdade isso me incomodava muito. De qualquer forma ele era... bom. Não muito carinhoso, mas flexível. Era dançarino, então já podem imaginar, ao que me refiro." – disse Rachel com um piscar de olho.

- "Sim, eu sei do que se refere." – contestou Tina, fazendo com que o restante das mulheres rissem em aprovação.

- "E depois... depois houve um deslize." – continuou Rachel, com tom envergonhado.

- "Não me diga que... não! Não pode ser quem eu acho que é." – disse Mercedes, fazendo um de seus típicos gestos com a mão.

- "Sim pode ser, se estiver pensando em Jesse St. James."

- "Jesse, Rachel? Aquele bastardo?" – questionou Quinn, quase brava, enquanto o restante dava para Rachel, um olhar de reprovação.

- "Estava sozinha e ele estava ali. Foi só uma noite e nem sequer desfrutei. Mas se serve de consolo, continuou me ligando por meses para me convidar para sair e eu sempre dizia que não." – contestou Rachel, com um tom mais orgulhoso.

- "Melhor assim." – disse Tina, aproximando seu copo para chocar com o de Rachel.

- "Espera Berry... está me dizendo que só esteve com três homens toda sua vida? Isso é uma pobreza extrema!" – gritou Santana, indignada.

- "Bom... eu não acho que três seja um número ruim. Além do mais beijei muitos homens. Puck..."

- "E Blaine."

- "Tinha me esquecido disso!"

- "Acredite, essa imagem ainda me persegue!" – disse Kurt, com uma cara de nojo e engolindo o resto de sua bebida de uma só vez.

- "Três não é um número ruim. Eu só tive sexo com o Mike... e beijei outros." – disse Tina, orgulhosa de si mesma.

- "Com quantos mais além de Artie?"

- "Bom... uma vez com Sam..."

- "Com Sam? Tina Cohen-Chang, essa você tinha ocultado!" – disse Mercedes, tão brava que derramou um pouco de seu vinho na cabeça de Quinn (essa ria tão forte que não percebeu).

- "Sim, foi no baile de primavera do... nossa, nem me lembro mais. Foi só um beijo, mas para mim conta. Mike e eu estávamos brigados e ele estava muito triste porque acabara de perder o título do Rei." – explicou.

- "Esses eram os dilemas que costumávamos ter." – disse Rachel.

- "Sigo pensando que três não é um número ruim. É melhor que meu um e que os milhões de Santana." – brincou Kurt.

- "Eu tenho uns cinco. Interessam?" – disse Mercedes, recebendo gritos de aprovação do resto. "Ok, ok. Mark Weller, um lindo companheiro da universidade. Eh... Pete sei lá o que, na festa de Dolce&Gabbana. Ted e Rob, dois garotos que conheci em Nova York e com os que saí por um tempo..."

- "Com ambos?" – questionou Kurt, assustado.

- "Não tonto! Primeiro com Ted e uns meses depois com Rob. E agora estou saindo com Luke, um garoto que trabalha no café em frente ao meu prédio. E essa é a lista de Mercedes." – finalizou, fazendo uma pequena reverencia.

- "Muito bem, irmã." – disse Quinn, batendo no ombro dela. "Bom eu... estive com Sam, claro. E depois com outros dois, Jhon e George. Ambos da universidade."

- "E também com Puck." – agregou Tina.

Quinn se surpreendeu tanto que o copo de vinho caiu no chão, fazendo com que Rachel agradecesse silenciosamente a Kurt por ter comprado aqueles copos plásticos.

- "Como sabe que estive com Puck?" – questionou Quinn, com a voz muito mais aguda do que o normal.

Todos olharam cofusos.

- "Está tão bêbada assim, Quinn?... vocês tiveram uma filha!" – gritou Kurt, desesperado, enquanto pegava os ombros dela e a agitava um pouco.

- "Oh, sim, se referia a isso!" – disse ela, mais aliviada.

Porém, imediatamente, o resto começou a gritar ao mesmo tempo.

- "Você e Puck tem algo! Eu sabia, eu sabia! Não te disse, Kurt? Não te disse que havia visto os dois?" – gritou Rachel, enquanto Quinn deitava no chão e se cobria o rosto com uma almofada.

Rachel adormeceu aquela noite com o som de seus risos ao fundo, com uma sensação de familiaridade quase parecida com aquela que a invadia quando Finn a abraçava de noite. Por um segundo, antes de sucumbir ao sono, lhe custou discernir se realmente todos esses anos haviam passado ou se naquele momento voltavam a ter dezesseis anos. Entre aquela Rachel que amava Finn e seus amigos sob tudo no mundo e a que hoje era, não havia muita diferença. Não nesse aspecto, ao menos.

- "Kurt?" – murmurou sonolenta, dando uma batida no ombro dele.

Ele se agachou com certa dificuldade, para poder escutá-la entre os sons das gargalhadas.

- "O que foi, preciosa?" – lhe disse, acariciando uma das bochechas.

- "Obrigada por não contratar um striper."

-oo-

- "E eu te digo! Eu te digo Puck! Nenhuma mulher que estar com você. Nenhuma. Todas pensam que eu vou abandoná-las. Só porque tenho essa cara bonita." – se lamentou Sam, antes de cair sobre o balcão do sujo bar com um baque seco.

Finn olhou para ele por um segundo, preocupado, até que sentiu um forte ronco proveniente de seu amigo.

- "Claramente Evans segue sem tolerar muito o álcool." – brincou Puck, enquanto pedia a garçonete outra rodada de cerveja.

- "Que estarão fazendo as meninas?" – questionou Mike, pensativo, como se tratasse de arrumar uma imagem mental.

- "Não são as meninas que me preocupam, mas o Kurt. A essas alturas devem ter um gráfico montado sobre nós e os tamanhos de nossos pênis." – disse Finn, fazendo com que os outros se espantassem um pouco.

- "Ainda não posso acreditar que você e a Berry vão se casar amanhã. Me parece que foi ontem quando ela me utilizava para te dar ciúmes." – confessou Puck.

- "Eu tão pouco posso acreditar que ela concordou a se casar comigo. Digo... é uma maldita estrela, demônios. Não sabe o que senti quando cheguei em Nova York e vi o rosto dela em todos aqueles painéis e... publicidades." – disse Finn, se despenteando nervosamente.

Blaine soltou um suspiro de forma cansada.

- "Estou cansado de que se subestime assim, Finn. Você também é uma maldita estrela. Será o futuro treinador dos Jets, por Deus. Pare de se jogar para baixo." – soltou, arrastando um pouco as palavras devido a grande quantidade de álcool que havia consumido.

Caiu também sobre o balcão, ao lado de Sam, soltando ele também um pequeno ronco.

- "Eu gosto dessa música, acho que vou dançar." – disse Mike e correu até o centro da pista para dançar sozinho.

- "Como era... como era a outra, Finn? Como era a Laura?" – perguntou Artie.

Finn encolheu os ombros.

- "Não... não me lembro muito, para dizer a verdade. Ela e eu... não nos dávamos bem. Discutíamos o tempo todo. Na realidade estávamos juntos para não ficar sozinhos. Ela era muito temperamental, muito teimosa. Mas também era muito inteligente. Acho que, de alguma forma, eu via nela muitas coisas de Rachel, não? As coisas que eu gostava dela era as que me fazia recordar a Rachel." – disse Finn, franzindo a testa, como se acabasse de entender aquilo.

- "Amigo, está acabado. Essa mulher conseguiu te enfeitiçar por completo." – disse Puck, com tom de pena.

- "Essa mulher será minha mulher." – agregou Finn, orgulhoso.

- "Eu brindo a isso." – disse Artie, levantando sua cerveja para brindar com os demais.

- "As vezes sinto falta dela, sabe?" – confessou Puck, em voz baixa, quando Artie se retirou para continuar dançando com Mike.

- "A... a Quinn?" – perguntou Finn, sem entender.

- "Não. Quero dizer... eu sinto um pouco de falta da Quinn... bom... estamos tentando recomeçar."

- "Por Deus, Rachel vai ficar insuportável quando souber que tinha razão."

- "O ponto é..." – continuou Puck, fazendo pouco caso da interrupção. "o ponto ;e que sinto falta dela... da Beth. Ainda, doze anos depois, eu continuo... continuo me perguntando aonde ela está. Se está bem." – finalizou, enquanto terminava sua cerveja e batia seus dedos contra o balcão, para pedir outra.

- "Talvez só faça falta um pouco de paciência, Puck. Acho que amanhã... será um bom dia não só para mim, mas para vários de nós." – disse Finn, de forma misteriosa, enquanto terminava também com sua bebida.

Puck olhou para ele sem entender, mas a dúvida durou uns segundos porque, imediatamente, Mike caiu sobre a cadeira de rodas de Artie. Puck e Finn decidiram dar por encerrada a despedida de solteiro.

-oo-

- "Rachel! Rachel, acorda!" – gritou Kurt, entrando no escuro quarto. "MERDA, MERDA, MERDA! ACORDA, BERRY!"

- "O que foi? Está tarde? Finn está bem... e Amy?" – questionou Rachel, buscando o relógio para comprovar a hora, sem entender a que se devia a abrupta interrupção de seu ciclo do sonho.

- "Isso é o que acontece." – disse Kurt, abrindo as cortinas com um movimento para que Rachel pudesse olhar para fora.

- "Está chovendo." – murmurou ela, começando a entender.

- "Está chovendo há uma hora e continuará chovendo pelo resto da tarde." – disse Kurt a beira das lágrimas.

- "E nós... nós planejamos o casamento ao ar livre." – agregou Rachel, começando a sentir vontade de chorar também.

- "Rachel... acho que devemos cancelar. É impossível conseguir um lugar para celebrar um casamento para duzentas pessoas em tão pouco tempo." – explicou, se sentando ao lado dela na cama e acariciando as costas tentando consolá-la.

- "Não podemos cancelar, Kurt! Passamos meses planejando isso de forma que todos pudessem vir e estão aqui. Não posso... não posso cancelar." – chorou ela, tirando um lenço de papel da caixa que guardava ao lado da cama.

- "Bom, verei... verei o que posso fazer." – murmurou Kurt, dando um beijo na bochecha dela, antes de deixá-la sozinha no quarto, se afogando em choro.

-oo-

- "Te digo cara, não tem muitas opções. Kurt e eu já conseguimos deixar todas as mesas, cadeiras e decoração no galpão da minha construtora, mas não tem forma de que possamos fazer ali." – Puck disse, enquanto Finn olhava tristemente pela janela para a copiosa chuva que não parava nem por um segundo.

- "Como está ela?" – lhe perguntou, sem mover o olhar.

- "Não sei. Mas se Kurt estava chorando desconsoladamente, Rachel já deve ter se desidratado." – Puck se aproximou mais dele, colocando uma mão no ombro dele. "Não acha... que esse pode ser um sinal?" – lhe perguntou.

Finn nem sequer respondeu, mas pegou sua jaqueta e as chaves do carro, saindo para a casa de Rachel, antes que alguém pudesse detê-lo.

- "Rachel! Rachel!" – chamou, quando Hiram abriu a porta.

Ela desceu as escadas, se escondendo para que Finn não pudesse vê-la.

- "Finn, o que faz aqui? Dá má sorte a noiva e o noivo se verem no dia do casamento." – lhe disse e o coração de Finn se encolheu quando sentiu o tom triste de sua voz.

- "Francamente, não poderia importar menos. Pode descer, por favor? Realmente quero falar com você." – rogou, se aproximando dos pés da escada.

Rachel desceu muito lentamente, vestindo pijama xadrez vermelho e o abraçou pelo pescoço quando teve ele o suficientemente perto. Finn a rodeou pela cintura com os braços, a aproximando mais, enquanto respirava o inconfundível aroma do cabelo de Rachel. Sentiu ela chorar em seus braços e lhe custou toda sua força de vontade não chorar também.

- "Tranquila, carinho. Tudo vai ficar bem." – a consolou, acariciando as costas dela em pequenos círculos.

- "Então.. ainda quer se casar comigo?" – questionou ela, se separando um pouco para olhar nos olhos dele.

- "Claro que quero Rachel! Como pode pensar que uma simples chuva me faria mudar de opinião? Você... você ainda quer, né?" – perguntou ele, inseguro.

Rachel encurtou a distancia entre eles, o beijando docemente nos lábios e Finn pode sentir como ambos sorriam.

- "Me casaria com você até que se tivesse que ir para o Polo Norte." – murmurou, uma vez que se desgrudaram.

- "Então não se importa com a chuva." – disse, mais seguro, enquanto limpava as lágrimas que haviam caído pelas bochechas dela.

- "Não sei... acho que a chuva pode ser..."

- "Não me venha com essa estupidez de que a chuva é um sinal, porque me custou toda minha força não bater em Puckerman quando ouvi ele dizer isso!" – a interrompeu.

- Não, não acho que a chuva seja um sinal de nada. Acho, porém, que é uma metáfora. E sabe, Finn, que as metáforas são importantes." – lhe explicou, sorrindo amplamente.

- "Qual será a metáfora então?" – perguntou Finn mais calmo.

- "Eu diria que essa chuva no dia do nosso casamento simboliza o coração da nossa relação. Como nunca conseguimos as coisas de forma fácil, como sempre nos custou. E como, porém, sempre conseguimos fazer o necessário para que as coisas terminem saindo bem. Esse é só uma dificuldade ais que a vida nos colocou no caminho." – finalizou.

Finn olhou para ela por um segundo, tratando de entender o que ela dizia.

- "Bom... acho que agora tenho ainda mais vontade de me casar com você, se isso é possível." – lhe disse, abaixando um pouco para nivelar seus rostos e poder beijá-la. "Realmente, Rachel, sou seu fã número um."

O que aconteceu depois Finn jamais entenderia totalmente. Rachel desgrudou de seus braços, soltou um pequeno grito e subiu as escadas como um relâmpago. Quando Finn chegou no quarto dela, ela já havia desligado o telefone e olhava para ele entusiasmada.

- "Pegue seu chapéu, carinho, porque acabo de conseguir um lugar para nosso casamento." – lhe disse, claramente orgulhosa de si mesma. Finn arqueou as sobrancelhas, sem compreender. "Você e eu vamos nos casar no auditório do McKingley. O que me diz?"

- "Que se tivéssemos planejado não sairia melhor." – ele disse, somando ao entusiasmo dela e deitando ela na cama para beijar um pouco mais.

Pensou, com o maior sorriso do mundo, que a próxima vez que a beijasse seriam marido e mulher.

Capítulo 22

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