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Finn, como sempre, encontrou com Rachel antes de ir para a escola, no ponto de ônibus. Mas resolveu falar com ela no final do dia enquanto estivessem a sós.

Chegaram na escola e se separaram. Rachel foi para seu grupo que consistia em Quinn, Tina, Brittany, Mercedes, Santana e Kurt (que já demonstrava um pouco da sua sexualidade, sendo constante alvo de bullying) e Finn foi para o seu com Puck, Mike, Sam, Artie e o aluno novo, Blaine.

No almoço, Finn a olhava constantemente, admirava seu sorriso e sua beleza e a cada instante tinha mais certeza de que estava apaixonado. Se ele não estivesse tão hipnotizado, teria percebido que Puck também olhava para Rachel desse jeito e ela, em vez de prestar atenção em Finn, correspondia aos olhares do garoto de moicano.

...

Finn estava sentando no vestiário, se preparando para o treino de futebol, quando ouviu Puck chegar.

“Puckasaurus na área.” Gritou ele se aproximando de Finn para cumprimenta-lo com um high-five. “Mano, tenho que te contar uma coisa.” Declarou, enquanto seu amigo arrumava o meião.

“Fala.” Finn respondeu enquanto revirava os olhos. Provavelmente ele ia mentir sobre ter ganhado outro jogo novo e inventar uma desculpa para impedi-lo de ir a sua casa jogar.

“Beijei a Rachel Berry.” Disse com um sorriso no rosto. Finn ficou paralisado, como ele ousa?  Ele apertou os punhos, queria socar Puck ali mesmo, sem pensar nas consequências. Como ele ousou beijar sua garota? E pior, como Rachel quis beijar ele? Puck nunca a tratara bem, sempre dizia que ela tinha um nariz grande e que era baixa demais, apesar de serem do mesmo tamanho.  Sempre a zoava pelo fato de ter pais gays, mesmo que ela não ligasse. Finn perdia a conta das vezes que defendeu Rachel e discutiu com ele e agora ele recebe a noticia que os dois se beijaram. A raiva subia a cabeça, mas se controlou. Teria que tirar esta história a limpo.

“Como assim? A Rachel? Minha vizinha?” Finn perguntou ainda com os punhos cerrados.

“Sim. Ela mesma.” Puck respondeu já entendendo a reação do amigo.

“Mas... como?” Perguntou de novo, tentando tirar da cabeça a imagem dos dois se beijando.

“Depois que ela começou a ter... você sabe... seios, ela até que ficou melhorzinha. A questão é... eu tinha que fazer ciúmes na Quinn porque ela beijou o idiota do Sam. Você sabe que eu gosto dela, e ela gosta de mim mas me disse que não quer ficar comigo porque eu sou pobre.” Realmente, Quinn era cheia de preconceitos. “A nariguda era a mais acessível, então, eu beijei ela porque ninguém resiste ao Puckasaurus.” Ele explicou cheio de orgulho próprio. E Finn estava com mais raiva ainda por ele ter usado Rachel desse jeito.

“Cara, isso é errado. A Rachel é a garota mais doce e carinhosa que eu conheço e você não pode usar ela desse jeito.” Quase gritou, irritado.

“Tranquilo, cara. Eu já sei que você está ‘apaixonadinho’. Mas não desconta em mim a falta de coragem de falar.” Implicou Puck.

Como ele sabia? “Eu não estou apaixonado.” Gritou pulando em cima de Puck e o enchendo de socos. O judeu se defendia e socava Finn ao mesmo tempo, até que a Treinadora Beiste chegou e separou a briga.

“Os dois para o Diretor Finggins agora!” Declarou puxando os encrenqueiros pelo braço até a sala do Diretor.

...

Rachel estava preocupada. Depois do almoço não tinha visto Finn e ouvira rumores que ele e Puck tinham brigado. Sabia, mais do que ninguém, que Finn era amigável e gentil e nunca brigaria com ninguém se não tivesse um verdadeiro motivo.

Então, correu para casa, jogou a mochila no sofá, deu um beijo em seu pai e foi em direção à casa de Finn. Logo, tocou a campainha e Carole, bem vestida graças a seus pais, apareceu na porta.

“Rachel, querida! Como está?” Perguntou simpaticamente se abaixando para abraçar a menina.

“Estou bem.” Respondeu alegremente. “O Finn está?” Viu o sorriso de Carole sumir.

“Está sim. Mas... ele está de castigo. Se meteu em uma briga na escola.” Disse, triste. Era mão solteira e sempre tentava ensinar o melhor a Finn, mas sempre faltava um figura paterna.

“Eu soube mais ou menos.” Coçou a cabeça nervosamente. “Mas eu queria ouvir dele. Sei que não brigaria sem motivo.” Se justificou.

“Ele está no quarto. Mas não quis falar o motivo para mim. Talvez para você ele se abra.” Carole disse apontando para a velha escada de madeira que seguia para o segundo andar. A menina subiu a tal escada e logo bateu na porta de Finn.

“Quem é?” O ouviu gritar lá de dentro.

“É a Rachel.” Falou não percebendo nenhuma movimentação no quarto. “Finn, por favor, abre. Eu preciso falar com você.”

“Pra quê? Pra falar o quanto o Puck é gentil, lindo e carinhoso?” Disse com raiva, sem pensar em nada. Desde a briga, só havia conseguido socar paredes, chutar cadeiras e tentar esquecer Rachel.

“Então é isso?” Perguntou se recostando na porta. “Eu sei, Finn. Foi um erro eu ter beijado o Noah. Ele sempre me tratou mal e do nada aparece todo gentil pra cima de mim.” Ela ouviu o clique da porta e se virou. O garoto se recostou na porta com o braço enfaixado em com o rosto cheio de hematomas.

“Você achou que foi um erro?” Perguntou, esperançoso.

“Sim. É que... nenhum garoto nunca gostou de mim e eu estava aflita com essa história da Quinn e ele estava ali, então eu o beijei. Mas eu sei que não deveria. Eu queria que meu primeiro beijo fosse com alguém especial.” Encarou ele, que ainda estava parado na porta. “Alguém que me amasse de verdade.”

“O Puck só te usou pra fazer ciúme na Quinn, Rach. E quando ele me disse, eu perdi a cabeça...”

“Eu já esperava isso. Ele é uma vergonha para nós, os judeus.” Afirmou, tristemente.

“Eu só não podia ouvir ele continuar falando de você daquele jeito...” Tomou coragem. “Da garota que eu amo.” Suspirou esperando a reação dela.

“Peraí... você me ama como amigo, né?” A garota perguntou, pensando na possibilidade de seu amor secreto e sem esperanças por Finn fosse correspondido.

“Não, Rachel.” Ele deu um passo à frente. “Eu te amo de verdade.”

Lágrimas começaram a escorrer no rosto dela. Era isso mesmo. Finn a amava e, esses anos todos tentando esconder o fato que tinha um paixonite por ele desde os 9 anos, foram em vão naquele exato momento. Ela geralmente escondia esse amor por medo de se decepcionar, já que todas as garotas da escola amavam Finn e ele nunca a escolheria. Mas agora...

“Eu também te amo.” Respondeu e tanto ela quanto ele não sabiam o que fazer. O amor já estava declarado, o que vem em seguida? “Sabe...” Disse Rachel. “Eu acho que eu poderia esquecer o meu primeiro beijo.”

“Por que você faria isso?” Perguntou Finn, meio confuso.

“Porque eu quero ter outro primeiro beijo.” Respondeu olhando nos olhos de Finn, antes de colara boca na dele. Ambos fecharam os olhos com a sensação doce que seus lábios proporcionavam e eles só queriam ficar ali para sempre, sem nenhuma interrupção. Mas depois de um tempo, os dois se separaram, recuperando o ar e ainda se olhando com surpresa.

“Então...” Ela disse, acariciando as marcas roxas no rosto dele. “O Noah te machucou muito?”

“Não. Acho que você fez tudo valer a pena.” Disse sorrindo. “Você sempre faz.”

“Você é muito fofo.” Rachel não podia o achar mais perfeito. O abraçou cuidadosamente, não queria esbarrar no braço machucado.

“Então...” Ele voltou a falar ainda abraçado nela. “Você é minha namorada agora?”

“O que você acha?” Respondeu sorrindo e o beijando pela segunda vez. Naquele momento, o mundo podia explodir que eles estariam felizes.

Capítulo 2

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