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“Finn, você se lembra do nosso primeiro beijo?” Perguntou Rachel, tirando Finn de seus devaneios, enquanto preparava o jantar.

“Claro...” Respondeu a vendo abrir um grande sorriso. “Ainda lembro-me do quão nervoso eu fiquei.”

Ela riu. “Ás vezes eu fico pensando... Aquele beijo foi só um mero detalhe da nossa história toda.” Disse colocando a lasanha no forno e se sentando no colo dele.

“É... Em 15 anos aconteceram muitas coisas.” Afirmou acariciando as costas de sua esposa.

“Lembra quando terminamos?” Ele assentiu. “E você se arrependeu 2 dias depois mas eu já estava namorando o Jesse pra fazer ciúmes em você e provar que eu não sou qualquer uma.” Ela riu com as lembranças. “Eu fui muito estúpida, mesmo que tivesse 16 anos.”

“Não diga isso. Eu também fui. Comecei a namorar a Santana, pelo mesmo motivo.” Ele a beijou. “Mas até hoje meu estômago revira quando lembro que eu tive que aguentar o Jesse na sua casa durante meses.”

“Nem me fale. Senti a mesma coisa com Santana.” Ela acariciou o rosto do marido.

“Até que finalmente aquele besta teve que se mudar e eu abandonei tudo pra voltar com você.”

“Aquele foi o melhor dia da minha vida. Foi o dia em que mais me senti amada.” Sorriu mais ainda.

“É... aquele dia foi o da nossa primeira vez.” Finn disse enchendo a sua amada de beijos.

“Mas eu acho que o momento que mais sofri foi quando eu vim aqui para Nova York e você não pode porque não tinha passado na faculdade.” Seu sorriso sumiu lembrando dos dias que passou chorando por saudade de Finn.

“Mas só durou um ano. Porque finalmente eu recebi uma oportunidade para jogar nos Jets.”

“Eu sabia que você conseguiria mais cedo ou mais tarde. Não é á toa que hoje é o quarterback.” Disse, cheia de orgulho, o beijando outra vez.

“E também não é á toa que você ganhou dois Tonys. Eu falei que você seria uma estrela.” A cutucou, brincando.

“Acho que você é a única pessoa que sempre acreditou em mim.” Riu, o acariciando. “Mas... Você se lembra quando me propôs? Nós tínhamos terminado a faculdade e você me levou ao Sardi’s e realmente me pegou de surpresa.”

“Aquele dia em fiquei mais nervoso do que no nosso primeiro beijo.”

“Até parece que eu diria não. Eu sonho em me casar com você desde que te conheci.” Afirmou, se levantando para olhar a lasanha no forno.

“Eu fico feliz em saber disso.” Riu.

“Eu lembro quando eu dizia que minhas bonecas eram nossas filhas.” Riu nervosamente. Tinha que contar a ele.

“Você até nomeou uma delas de Finchel.” Ele gargalhou, gostava de lembrar destes tempos.

“Tenho certeza que esse não seria um bom nome para o nosso bebê.”

“É... mas falando nisso. Acho que nós... você sabe... poderíamos começar a tentar ter filhos. Nós temos carreiras estabilizadas e agora que seu contrato com Funny Girl acabou, você teria mais tempo.” Ele disse esperando a reação dela.

“Finn?” Se recostou na pia.

“Oi?”

“Eu já estou grávida.” Falou enquanto o observava. Ele parecia paralisado tentando digerir a noticia.

“O quê?” perguntou se levantando da cadeira e indo em direção a ela.

“Eu já estou grávida.” Repetiu sentido os braços dele a envolverem. Eles ficaram em silêncio por um grande intervalo de tempo, apenas se abraçando.

“Finn?” Ele disse.

“Hm?” Respondeu sentindo as lágrimas de emoção escorrer pelos seus olhos.

“A lasanha vai queimar.” Afirmou sentindo ele rir.

“Isso não interessa. Nós vamos ter o nosso primeiro bebê.” Gritou de entusiasmo, se curvando para beijá-la intensamente. Quando se separaram para recuperar o ar, Finn se ajoelhou para beijar também o seu filho(a). Naquele momento, a emoção se misturavam com os hormônios da gravidez e Rachel não pode conter as lágrimas.

...

7 meses depois, os corredores milagrosamente calmos do hospital foram preenchidos pelo choro poderoso de Naomi Elizabeth Hudson. Depois de 10 horas de parto, aquele pequeno ser de cabelos negros estava finalmente nos braços de sua mãe.

“Você tem os pulmões de sua mãe.” Comentou Finn enquanto admirava a menina. Rachel riu e pressionou um beijo nos lábios dele.

“Graças a Deus, ela não tem o meu nariz.” Disse Rachel fazendo seu marido rir. Ela sabia o quanto ele amava seu nariz, mas ela odiava. “E ela tem suas covinhas.”

“Nós dois temos covinhas.” Respondeu a afirmativa acariciando o rosto de Naomi que agora dormia pacificamente.

“Mas essas são suas.” Ele riu mais ainda. Além de felicidade estar saindo dos seus poros, ele sabia que apenas Rachel seria capaz de diferencia as covinhas dela das dele.

“Eu amo você.” Disse beijando a cabeça de Rachel que estava apoiada em seu ombro. ”E a você também.” Completou pegando a pequena mão de sua filha, e rindo da diferença de tamanho em relação a mão dele.

...

“Mãe?” Gritou Naomi de seu quarto. Agora, ela já estava com 11 anos. Parecia com Rachel, mas tinha o jeito desengonçado de Finn. Graças aos seus pais, ela já tocava bateria e piano, além de cantar muito bem.

“Já estou indo, querida.” Respondeu Rachel, enquanto terminava de colocar o pijama em Christopher, de 6 anos. Saiu do quarto deixando o menino brincando, e seguiu para o quarto de Julie, de 1 ano, para checar se estava bem. Logo seguiu para o quarto da primogênita. Encontrou-a sentada na cama com as pernas junto ao peito.

“O que foi, Naomi?” Perguntou sentando na beirada da cama, acariciando o rosto da filha.

“Eu beijei um garoto.” Disse esperando a reação da mãe.

“O que? Quem?” Ela estava sorrindo, com o pensamento de que sua filhinha estava crescendo.

“Ryan Hemsworth.” Relaxou ao ver que Rachel estava sorrindo. “Ele é irmão gêmeo da Lilly e... me trouxe para casa hoje, já que ele mora a dois quarteirões. Ele foi tão gentil e fofo... eu não pude resistir a isso. Você não está brava, não é?” Perguntou, apesar de sua mãe estar sorrindo, as vezes ela era imprevisível.

“Claro que não. Você sabia que... eu dei meu primeiro beijo na sua idade.”

“Em quem?” Perguntou, curiosa.

“No seu pai. Ele era meu melhor amigo e tinha batido em um garoto para defender minha honra. Então, eu o beijei e começamos a namorar.” Sorriu mais ainda. Por mais tempo que tivesse passado, ela ainda sentia aquele frio na barriga de quando beijou Finn pela primeira vez.

“Espero que isso aconteça comigo um dia.” O sorriso da garota sumiu dando lugar as lágrimas.

“Hey, porque não aconteceria?” Perguntou Rachel acariciando o rosto da filha.

“É que... o Ryan é tão perfeito. Todas as garotas da escola querem ele... Ás vezes eu acho que é impossível que ele me escolha em vez de uma loira de olhos verdes.” Explicou insegura.

“Olha... eu era exatamente como você. Achava que seu pai só me veria como amiga dele a vida toda e quando ele me escolheu em vez das outras garotas, ele me disse que não se importava com a minha aparência, apesar de sempre me assegurar que eu era bonita, ele me escolheu por quem eu realmente sou. E eu tenho certeza que você é linda tanto por fora quanto por dentro. E se você ama o Ryan, não desista dele. Se eu tivesse desistido, eu não teria nem você, nem seus irmãos e sabe Deus onde eu estaria hoje.” Encorajou Naomi, fazendo a menina sorrir.

“Obrigado, mãe.” Agradeceu a dando um grande abraço.

“Agora, seque essas lágrimas. Não quero te ver chorando.” Falou Rachel, descontraindo a filha. “O jantar está quase pron-“

“Oi, garotas.” Rachel foi interrompida pela voz de Finn vinda da porta. Ela rapidamente correu para abraçá-lo, ele tinha estado fora o dia inteiro.

“Senti sua falta.” Disse o beijando, se certificando de que ele não tenha visto Naomi chorando.

“Eu também. Prefiro ficar com você do que ter que treinar aqueles fedidos.” Disse fazendo Rachel rir de mais um dos apelido que ele colocara em seus jogadores. “Então... o que vocês estavam conversando?” Perguntou curioso.

“Nada de mais.” Assegurou o beijando de novo e o levando para a cozinha onde o jantar estava esperando.

“Tem certeza?” Perguntou de novo, arqueando as sobrancelhas.

“A única coisa que pode lhe dizer é que... a nossa menininha está crescendo.” Respondeu rindo da cara de confusão do marido.

 

FIM!

Epílogo 

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