Cinco amigas e suas mentes criativas
High Five Stories
Ele estremeceu ao vê-la.
Ela ficou ansiosa, a boca seca, esperando por um milhão de coisas ao mesmo tempo.
–O que você tá fazendo aqui?- ele indagou, puxando-a para dentro de uma vez.
–Eu precisava te ver! – ela berrou. – Não é justo sumir assim sem deixar rastro, todos estamos preocupados com você!
–Rachel, eu... isso não é brincadeira. Você não entendeu nada do que eu te falei naquele dia? Do perigo que eu represento estando perto de você, estando lá na Music House?
–Entendi. Isso e também entendi que eu não posso deixar você sozinho nessa. Nós estamos juntos, Finn, e eu quero te ajudar.
Finn virou as costas e suspirou.
Rachel olhou ao redor.
O apartamento era pequeno, mas estava limpo. Na sala havia apenas um pequeno sofá de couro preto, uma TV e uma estante velha com algumas bugigangas. O corredor parecia levar para os quarto e o banheiro, um pouco mais adiante. A cozinha ficava ao lado, e ela podia sentir um cheiro de molho de tomate no ar.
– Eu não posso te envolver nisso. – ele murmurou.
–Finn, eu não me perdoaria se deixasse você sozinho justo agora. Nem eu, nem Kurt. Ele que conseguiu achar o seu endereço, ele também está empenhado. Por favor, nos deixe te ajudar. Você não imagina como os meninos sentem a sua falta na escola. Como os outros professores estão pesarosos por você ter ido embora. – e, aproximando-se dele, tocando seu braço delicadamente. – Finn, você não está mais sozinho. Não é como antes.
Finn virou-se e a encarou. Os olhos deles estavam marejados, e seu rosto estava fechado, duro. Ele vivia uma batalha interna intensa. Por um lado, amava aquela mulher ali à sua frente mais do que ele podia mensurar, e a vontade de protegê-la era o que mais o movia naquele momento. Por outro, era bom saber que não precisava ficar sozinho, que existiam pessoas que gostavam dele.
Rachel subiu um pouco mais a mão pelo braço de Finn, acariciando-o de leve. Ele parecia tão solitário e triste... ela chegou mais perto dele e o abraçou. Ele ficou rígido por um instante, mas depois sentiu todo o amor dela irradiar e abraçou-a de volta, erguendo-a no ar. Rachel enterrou o rosto no pescoço dele, sentindo seu cheiro, beijando-o onde seus lábios alcançavam, até que ele colou suas bocas de forma ardente, ávida.
O mundo podia acabar naquele momento, que eles não se importariam. O choque delicioso de lábios e línguas matando a saudade era o que eles mais desejaram durante os dias em que ficaram separados.
Ele a pegou no colo e se sentou no sofá. Rachel beijava-o no maxilar e pescoço, enquanto as mão ágeis de Finn abriam o vestido dela e encontravam seus seios. Ela arfou e sorriu, enquanto ele desceu a boca e beijou um mamilo docemente.
– Como eu te amo...- ele sussurrou, e Rachel sorriu, para depois soltar um gemido longo de prazer.
Roupas foram parar para todo lado, e seus corpos não precisavam de nada mais que já não estivesse ali.
–Finn!- ela gritou, puxando os cabelos dele, o prazer inundando seu corpo.
Ele a penetrava ora, doce, ora selvagemente, arrancando os mais diferentes sons da garganta dela.
Rachel então beijou-o profundamente, sentindo-o preenchê-la de todas as formas, e eles chegaram juntos ao ápice.
– Eu não quero te perder nunca mais.- ela disse, roçando os lábios sobre a pele suada dele.
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– Espero que meu macarrão esteja gostoso. Não fiz muitas compras.- ele se desculpou, servindo Rachel.
–Acho que deve estar delicioso. – ela disse. O cheiro do molho fumegante estava lhe dando água na boca.
Depois de passarem horas matando as saudades um do outro, eles finalmente cederam e foram buscar algo para comer.
– Acho que meu tio deixou um vinho aqui em algum lugar.- Finn disse, indo atrás da garrafa que ele achava que tinha visto em algum lugar no armário da cozinha.
– Deve ser horrível passar tanto tempo trancado aqui.
– E é. Você não sabe como tem sido duro. – ele confidenciou, colocando o vinho para os dois. – Mas eu acho que não posso me expor agora.
–Finn... eu e Kurt achamos que você tem provas suficientes para incriminar Arthur e a Ômega. Eu sei que você tem medo das retaliações, mas, se alguém não pará-los, eles vão continuar a estragar a vida de outros jovens como você!
Finn suspirou enrolando alguns fios de macarrão:
– Eles são poderosos demais...
– São poderosos, mas não estão acima da lei. – ela retorquiu. – E, além do mais, eles precisam pagar todo o sofrimento pelo qual você já passou e tem passado.
–O Arthur... ele fez algo para você? – Finn perguntou, olhando dentro dos olhos de Rachel.
– Ele tá dando em cima de mim.- ela respondeu sem rodeios.
–Filho da mãe! – Finn se alterou, quase derrubando o vinho.
– Calma, Finn! Eu já sei qual é a dele. Já sei quem ele é, e não vou mais ser ludibriada por ele. Mas, estamos ganhando tempo. Ele precisa achar que tem tudo sob controle enquanto nós armamos um contra-ataque sobre ele e essa fraternidade.
–Eu não gosto da ideia de que ele pode estar querendo ficar com você... e se ele tentar algo?
– Fica frio, Finn, eu sei me defender. – Rachel o acalmou.
– Ok. Você é a mulher mais maravilhosa que eu podia ter encontrado nesta vida, sabia?
Aquela confissão saiu tão natural e sincera que fez o coração da garota inchar.
– Eu só quero que você fique bem. Eu nunca desejei te magoar, te fazer sofrer. Desculpa se nestes últimos dias te fiz ficar triste, aflita, ou se estou te metendo agora em uma confusão sem tamanho.
Rachel rodeou a pequena mesa que dividiam e sentou-se no colo dele, segurando o rosto de Finn para que ele a observasse com atenção:
– O amor não é perfeito. O amor é essa coisa louca que não escolhe tempo, hora, ou pessoa certa. E, se você me ama, assim como eu te amo, então tudo vai dar certo. Nós vamos ser felizes, Finn, eu sei que sim.
Ele lhe deu um daqueles seus lindos sorrisos ternos e enviesados. Pegou a mão dela e beijou seus dedos:
– Chame Kurt para vir aqui também, por favor. Quero agradecer ao meu irmão por insistir tanto em mim, mesmo quando eu faço tudo errado.
–Claro que eu vou chamar.
Eles comeram devagar, saboreando a macarronada, bebendo o vinho, colocando a comida um na boca do outro.
– Sabe que você tá muito sexy sentada no meu colo, bebendo vinho vestindo apenas minha camisa, sem nada por baixo?- Finn sussurrou no ouvido de Rachel, que sorriu.
– Bom, já que você diz... – ela sorriu, maliciosa, colocando os braços ao redor do pescoço dele.
–Eu te amo, Rachel. Muito. – ele disse, segurando o rosto dela.
–Eu também te amo. E tudo vai dar certo, você vai ver, Finn.