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- "Bom dia família e amigos! Bem vindos ao primeiro grande piquenique anual do clã Hudson-Berry-Hummel-Anderson!" – disse Rachel, segurando o pequeno microfone e recebendo um aplauso como confirmação da mensagem.

Era uma brilhante manhã de primavera e o Central Park estava lotado de famílias desfrutando o clima, esparramadas sobre a grama verde.

Finn sorriu: quando Rachel e Kurt haviam mencionado a ideia de fazer um piquenique com todos seus amigos, ele pensou em um par de mantas jogadas no chão, um pouco de música, bastante comida e talvez uma bola de futebol americano.

A versão de sua esposa e seu irmão, porém, estava longe dessa: havia balões e guirlandas e mesas com deferentes comidas e bebidas e um console de música.

- "Isso é fantástico, carinho!" – lhe disse, a abraçando pela cintura enquanto ela dobrava os guardanapos.

- "Gosta? Nos pareceu que era uma forma mais original de passar o tempo juntos." – ela explicou, se virando para olha-lo.

Nem sequer os longos braços de Finn podiam abraça-la completamente: Rachel estava já com oito meses de gravidez e estava realmente enorme.

- "Se você não fosse a incrível estrela da Broadway que é e Kurt não fosse um... o que quer que seja... realmente teriam futuro como planejadores de... coisas." – Rachel soltou uma gargalhada tão forte diante seu elogio bobo que ele pode sentir as vibrações de seu pequeno corpo contra o dele.

- "Acho que é o mais terno que vi!" – ela murmurou, ainda sorrindo e se esticando o máximo possível para beija-lo.

- "Berry! Aonde está a cerveja?" – gritou Puck, arruinando o momento.

Finn soltou uma bufada: algumas coisas não mudam nunca. Rachel se aproximou do restante dos convidados e Finn se uniu ao pequeno jogo de basquete que os rapazes estavam jogando. As famílias de ambos havia viajado para Nova York para presenciar a última partida da temporada, em que os Jets jogavam a final do Super Bowl.

Dizer que Finn estava nervoso era subestimar a situação: se os Jets ganhassem, ele se covertia imediatamente no treinador da equipe pelas próximas três temporadas. Se os Jets perdessem, ele devia continuar em seu chato trabalho como assistente por outro ano completo e isso não o entusiasmava muito. Então aquela partida havia tirado o sono dele durante os últimos dias e o fato de que Rachel estivesse a ponto de ter os bebês não ajudava muito: Finn se escandalizava cada vez que ela sentia uma contração, um leve movimento.

O resto de seus amigos também estavam ali. Muitos deles estavam trabalhando com Rachel na pré-produção de Funny Girl e o resto (como Will, Emma e a filha deles, Puck e Quinn) simplesmente foram compartilhar o fim de semana com seus amigos.

Finn buscou sua esposa com o olhar e a encontrou sentada no chão, brincando com Amy e Harry e conversando com Kurt e Mercedes, que segurava seu pequeno filho, Lenny, nos braços.

Mesmo depois de anos de casados, as vezes lhe custava recordar que essa era Rachel Berry, que era a mãe de seus filhos e sua esposa. Como havia conseguido? Como haviam deixado de ser esses chatos garotos que não sabiam o que queriam para se transformarem nesses dois adultos, pais de uma menina incrível e de dois mais por vir, com projetos e uma vida juntos?

Tratou de saborear o momento. Tratou de memorizar o som de seu sorriso, o leve calor do sol, a cor rosada de suas bochechas. Sentiu seu próprio peito inflar de orgulho quando ela encontrou seu olhar e piscou em um gesto cúmplice. Finn pensou que isso que sentia no peito, esse claro que ela produzia, essa sensação de plenitude, isso devia ser o que os ganhadores sentiam. Nem sequer em suas melhores épocas como jogador de futebol americano (aonde era a estrela da equipe e sua presença garantia um triunfo assegurado) nem o glorioso dia em que o Glee Club havia conseguido o título Nacional... nunca havia se sentido tão ganhador e tão completo como naquela manhã de primavera em que entendeu, de uma vez por todas, que Rachel era sua.

- "Papai? Mamãe pergunta se quer cantar com ela na competição mais tarde." – Amy lhe disse, batendo no braço dele para chamar atenção e tirando ele de seu embelezamento.

Finn sorriu.

- "Sim, claro que cantarei com ela." – ele respondeu com segurança, sorrindo ainda mais ao ver a expressão de entusiasmo de sua filha.

Por acaso poderia negar algo a ela? Se Rachel tivesse lhe pedido nesse momento que se disfarçasse de Tarzan e corresse seminu pelo parque, Finn teria feito.

-oo-

- "Com o que vamos derrota-los?" – questionou Finn, uma hora depois, enquanto terminavam o hambúrguer com uma bocada e encostava a cabeça no ombro de sua esposa.

- "Podemos apelar para as clássicas (como Faithfully) ou tentar usar um fator surpresa e buscar algo novo." – ela disse, extremamente concentrada, enquanto buscava entre os arquivos de seu computador.

O público aplaudiu Puck e Quinn enquanto eles desciam do improvisado palco depois de fazer sua versão de 'Something Stupid'. Kurt e Blaine seguiam a lista e os primeiros acordes de 'Baby, it's cold outside' começou a tocar.

- "Rach, o jurado está formando por nossos pais e Amy. Poderíamos cantar o catalogo e ganharíamos isso de qualquer forma. Qual é o prêmio, afinal?"

- "A glória, Finn." – Finn não pode evitar sorrir ao ouvir o tom sério da voz de sua esposa. Kurt e Blaine receberam aplausos enquanto Will e Emma subiam no palco. "Ok, cantaremos 'With you I'm Born again'. Lembra?"

- "Lembro perfeitamente o quão... interrompidos eram nossos ensaios naquela época." – murmurou ele, se aproximando do ouvido dela e fazendo com que Rachel corasse.

Ela se virou e o beijou nos lábios, esquecendo por um momento o sabor do hambúrguer e cerveja que ele tinha e segurando a gola da camisa dele para aprofundar o beijo. Finn sorriu contra seus lábios, a abraçando forte.

- "Ok, ok beijoqueiros, é a vez de vocês." – disse Mike, do microfone.

Amy soltou um grito entusiasmado ao ver Finn subir no palco.

- "Essa música é dedicada a nossa filha Amy." – ele disse, a cumprimentando.

- "Isso é marmelada, Hudson, está tentando comprar um membro do jurado." – se queixou Kurt.

- "Ei, é minha filha, acho que tenho o direito de dedicar..."

- "Finn..." – o interrompeu Rachel.

- "Oh, claro carinho, sinto muito. Devo te ajudar a subir né...?"

- "Não Finn..." – ela voltou a interromper, dessa vez com a voz quebrada e segurando a barriga.

Finn viu como o vestido amarelo de sua esposa se molhava de repente.

- "Rach! Rach! Rach!" – gritou ele, entrando em pânico, jogando o microfone no chão e correndo até ela. "Os bebês... ele... ela... eles..."

- "Finn... acalme-se." – ordenou, sem levantar a voz e segurando a bochecha dele.

O restante se aproximou deles também.

- "O que foi mamãe?" – perguntou Amy, preocupada, se enfiando entre as pernas dos maiores.

- "Os bebês estão chegando, isso ocorre." – ela explicou para sua filha, com o mesmo tom calmo.

Finn havia voltado a entrar em pânico, correndo por todos lados, buscando as chaves do carro.

- "Finn, estão no bolso da sua camisa." – gritou Rachel, quase perdendo a paciência.

- "Chaves, ok estão aqui. E... Rach, não temos a bolsa! Todas as coisas estão em casa! Tenho que ir buscar..."

- "Não, você fique comigo. Kurt pode pegar."

- "Mas a... o alarme e seu Ipod com a música para os bebês e os..."

- "Finn! Você fica comigo!" – ela gritou para ele, fazendo com que tanto ele como o resto dos nervosos presentes ficassem calados. Rachel suspirou, se aproximando de seu esposo. "Estou... aterrorizada e necessito que esteja comigo. Não me importa o maldito Ipod, entende?" – murmurou para ele, respirando com dificuldade e começando a chorar.

Bastou Finn ver uma lágrima escapando de seus olhos para passar do modo nervoso para o pai exemplar.

- "Não deve... não deve ter medo, carinho. Eu estou aqui. Vamos fazer isso juntos." – lhe respondeu no mesmo tom, lhe acariciando a bochecha. Rachel assentiu e seu rosto se encheu daquela segurança que ele conhecia tão bem. "Bem, atenção todos. Kurt deve buscar as coisas na nossa casa e levar para o hospital. Mamãe, Burt, Leroy e Hiram cuidem de Harry e Amy e o restante de vocês limpam aqui. Avisaremos quando puderem ir ao hospital." – ele disse, com a voz firme.

- "Sorte." – Amy lhe disse para sua mãe, beijando ela na bochecha e a abraçando forte.

Rachel lhe devolveu o abraço, tentando não chorar novamente.

- "Rach? O carro já está aqui." – gritou Kurt.

Rachel pode sentir o tom nervoso da voz de seu cunhado.

Puck e Blaine a ajudaram chegar até o carro e ela sentiu como o medo a invadia enquanto Kurt, Amy, Carole e seus pais (que a cumprimentavam animadamente) desapareciam a distancia.

Sentiu a mão de Finn segurar a sua, enquanto o carro se misturava no transito da cidade.

- "Esse é o dia." – murmurou ele, com um sorriso.

Ela também sorriu, entrelaçando seus dedos e relaxando em seu assento.

- "Esse é o dia."

-oo-

- "Quer mais gelo?"

- "Não."

- "Quer que te traga outra coberta?"

- "Não."

- "Algo para ler? Posso ir..."

- "Não, não se vá." – sentenciou Rachel, pressionando sua enorme não pela milionésima vez nas últimas três horas.

- "Outra contração?" – questionou Finn, nervoso. Rachel assentiu, enquanto fechava os olhos. Ele lhe acariciou a suada testa, tirando o cabelo dos olhos dela. Ainda estavam sozinhos no pequeno quarto privado do Hospital e ambos estavam começando a ficar ansiosos. Finn viu como a cara de sua esposa se contorcia de dor mais uma vez e seu coração revirou. "Desejaria poder fazer algo." – se queixou, com certa frustração.

- "Está fazendo." – respondeu ela, sem abrir os olhos e beijando ele nos lábios.

- "Bom, como estamos?" – perguntou o doutor Rawson, entrando no quarto.

- "Tem contrações a cada... três minutos." – disse Finn, olhando seu relógio, enquanto o médico revisava Rachel.

- "Perfeito. Acho que estamos prontos para começar. Buscarei a enfermeira e te levaremos para a sala de partos. Você ficará com ela?"

- "Sim." – respondeu Finn, com um tom solene que fez com que Rachel tivesse que conter uma gargalhada (de todas formas, lhe doía muito para poder rir).

- "Muito bem. Aqui vamos!" – exclamou o doutor Rawson, claramente entusiasmado (Rachel pensou que era certo que ele se entusiasmasse, afinal não era ele que ia ter que expulsar dois bebês por suas partes mais sensíveis).

- "Aqui vamos..." – repetiu Finn, sustentando a mão de sua esposa e tentando manter a calma.

-oo-

- "Ok Rachel, quero que me escute. Deve empurrar só quando eu te ordenar. Sei que está cansada, mas quanto mais nos esforçarmos mais rápido terminaremos com isso." – lhe explicou o médico, enquanto as enfermeiras movimentavam ao seu lado e Finn vestia o incomodo traje verde para poder estar ao seu lado.

Rachel assentiu, enquanto outra contração a golpeava em cheio.

- "Finn..." – murmurou ela, com a voz carregada de medo.

- "Estou aqui, carinho, estou aqui. Vai fazer genial, não tenha medo." – ele respondeu, correndo até seu lado e segurando a mão dela novamente. Limpou o rosto outra vez, tentando acalmá-la. "Quebre a perna!" – sussurrou no ouvido dela e a beijou no topo da cabeça uma vez mais.

- "Bom... estamos prontos?" – questionou o médico, recebendo um sinal afirmativo do resto dos presentes. "Bem... começará a empurrar quando eu disser. Tiraremos primeiro o menino. Ok? Um... dois... três!" – Rachel empurrou tanto quanto lhe permitia seu pequeno (e cansado) corpo.

Pode sentir a voz de Finn a alentando por cima de seus gritos e sua mão grudando fortemente a dela.

- "Bem, fantástico Rach! Mais algumas vezes e o teremos fora. E... empurra, vamos!" – lhe ordenou o médico.

- "Não posso!"

- "Sim, pode sim carinho, vamos... é só... é só mais um esforço..." – murmurou Finn.

Rachel teria insultado ele se não o tivesse amado tanto.

- "Merda!" – gritou, enquanto empurrava uma vez mais.

Finn soltou um risinho.

- "Merda?" – questionou, limpando o rosto dela mais uma vez.

- "Não quero que a primeira palavra que nosso filho escute seja... um insulto ou algo do tipo." – ela explicou, quando terminou de empurrar e se preparava para outra contração.

- "Rachel... isso mesmo. Deve empurrar um pouco mais, assim poderemos tirar ele." – lhe explicou o médico. Rachel assentiu, se acomodando um pouco mais na incomoda cadeira de partos. "Bem... um... dois... E empurra!" – Rachel pensou que poderia morrer ali, sinceramente.

Pensou que o esforço ia matá-la, que não poderia suportar. Que nem os contínuos murmúrios de encorajamento de Finn pooderia evitar que morresse de esforço.

Mas então... escutou. Escutou o som mais lindo que havia escutado em toda sua vida: o claro, agudo e incrível choro de um bebê. Abriu seus olhos então, para ver como as enfermeiras pegavam o barulhento embrulho dos braços do doutor para levá-lo para um canto afastado.

- "Quero..." – murmurou, com o pouco ar que faltava, esticando uma de suas mãos para a enfermeira.

Finn havia deixado de murmurar, mas segurava sua outra mão com a mesma firmeza. Então olhou para ela nos olhos e Rachel soube que nunca em sua vida poderia esquecer esse olhar.

- "É lindo Rach, é lindo. Obrigado!" – murmurou ele, beijando a testa dela e começando a chorar.

Rachel pode sentir como a força voltava para o corpo.

- "Ok papais, devemos tirar a segunda. Está pronta?" – lhe perguntou o doutor Rawson. Rachel assentiu, voltando a se acomodar na cadeira de parto. "Deve ser mais fácil, porque essa é menor." – lhe explicou.

Mais fácil? Claramente esse homem nunca havia sentido esses níveis de dor e cansaço. Uns minutos depois, outro choro (dessa vez mais forte) inundou o quarto e Rachel viu como o médico entregava as enfermeiras um embrulho ainda menor.

- "Você fez incrível, carinho, isso foi fantástico. Estou orgulhoso de você. Te amo!" – lhe disse Finn, a beijando nos lábios, enquanto ambos voltavam a chorar.

- "Finn? Aqui estão." – disse o doutor.

Finn se incorporou em seguida, quase correndo para o canto aonde as enfermeiras estavam pesando os bebês. Pegou a menina em seus braços, enquanto a enfermeira entregava o menino para Rachel.

A bebê olhou para ele por um segundo e Finn reconheceu no mesmo instante aquele olhar que conhecia de memória.

- "Tem... tem seus olhos." – murmurou, com a voz quebrada, se sentando ao lado de sua esposa com cuidado.

- "Eu sei... ele tem seu cabelo. E seu nariz e seus olhos também." – respondeu ela, com a mesma voz.

Finn sorriu ao ver os pequenos e bagunçados cabelos preto na cabeça de seu filho.

- "Oi!" – murmurou os dois ao mesmo tempo, olhando para seus filhos.

Nenhum dos dois chorava, olhavam para sua mãe como se fossem o mais maravilhoso do mundo.

- "Oi Chris, oi Funny! Essa é a mamãe e eu sou o papai." – ele disse, acariciando a cabeça de sua filha.

Rachel se acomodou mais ao seu lado, apoiando sua cabeça no ombro de seu esposo.

- "São lindos!" – ela sussurrou, emocionada enquanto olhava para eles embelezada.

- "Claro que são. São nossos, não poderia ser de outra forma." – brincou ela, beijando ela na testa.

Rachel examinou eles por um segundo. Chris era o maior dos dois e estava começando a ficar adormecido nos seus braços. Funny parecia estar mais entretida, já que olhava ao seu redor, como se estivesse gravando toda a informação em seu pequeno cérebro.

- "Senhora Hudson, deveria descansar." – lhe disse a enfermeira, uma vez que ambos voltaram para o quarto e a mulher acomodou os dois berços ao lado da cama.

Rachel achou que descasar naquele momento era uma perca de tempo.

- "Eu farei depois." – respondeu ela, enquanto olhava a pequena criatura que dormia em seus braços.

Finn colocou Chris no berço e se aproximou da cama.

- "Vou buscar Amy e nossos pais. Ok?" – murmurou.

Rachel assentiu, enquanto ele dava um beijo na testa de sua filha e ela se movia um pouco em seus braços. Finn sorriu enormemente e Rachel pensou que o coração ia parar a qualquer momento.

- "Te menti antes, sabe? Isso definitivamente é o mais terno que já vi." – brincou ela, pegando a pequena mão de sua filha e olhando para o berço de Chris.

Finn voltou a sorrir e se aproximou mais dela, a beijando nos lábios.

- "Acho que já gastei essas palavras hoje... mas direi novamente. Te amo!" – lhe disse, acariciando a bochecha dela.

- "Eu também te amo. Muito. E essas palavras não se gastam nunca." – respondeu ela, lhe devolvendo o gesto.

Finn voltou a beija-la e Funny se moveu nos braços de Rachel, acordando de seu breve cochilo. Soltou um gemido mais terno, atraindo a atenção de seus pais.

- "Bem, acordou. Irei buscar o resto assim pode fazer sua apresentação, ok?" – Finn disse para sua filha, beijando ela na testa outra vez.

A menina olhou para ele por um segundo e esticou sua mão para segurar o dedo de seu pai. Rachel pode ver como os olhos de Finn se enchiam de lágrimas.

- "Sim, esse é seu papai. É incrível, não? E ainda não viu o melhor." – Rachel murmurou para sua filha uma vez que Finn foi capaz de se desgrudar de ambas.

Funny se esticou agora para pagar uma mecha do cabelo de Rachel entre seus minúsculos dedos e ela sorriu. Se moveu na cama para alcançar o berço de Chris e acariciou os pequenos cabelos de seu filho, daquela mini versão de Finn.

E se supõe que deveria dormir com tanto ao seu redor para ver?

Capítulo 13

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