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– Finn, são só os pais dela! – riu Blaine, enquanto Finn estava chocado demais com a possibilidade de conhecer os pais de Rachel e Kurt colocava bacon no prato do irmão.

–Eu sei! Mas... eu não me sinto preparado, entendem?

–Não, eu não entendo.- disse Kurt.- Hiram e Leroy são legais, vão gostar de você.

–Eu não sei... - Finn murmurou, remexendo o bacon no prato sem emoção.

– Finn.- Kurt falou firme.- Já te disse que você não tem motivos para se sentir assim, não disse?

–Você sabe que eu tenho, Kurt. Não andei muito na linha nestes últimos tempos, e, ainda por cima, o Arthur reaparece pra trazer todos os fantasmas à tona.

Blaine olhava de Kurt para Finn, sem entender bem do que eles estavam falando.

Kurt percebeu a confusão do namorado e tocou com carinho na mão do irmão:

– Deixe de bobagem. Você agora é praticamente outra pessoa, com uma vida nova e amigos novos, até um novo amor. Nem o Arthur, nem ninguém, vão poder tirar isso de você.

Finn sorriu melancólico, de lado, deixando uma covinha aparecer em seu belo rosto:

–Obrigado por ter acreditado em mim, Kurt.

{...}

Ele não pôde resistir à tentação de parar à porta para apreciá-la cantando com os alunos. Com o cabelo preso num jovial rabo-de-cavalo, um vestido rosa claro leve e vaporoso, uma leve maquiagem e um sorriso, Rachel parecia a mais perfeita garota do mundo aos olhos de Finn. Ele ria do jeito dela sorrir para as crianças, como cantava tão bem sem perder a afinação, e como os meninos gostavam dela. De repente, ela virou-se e sorriu para ele sobre o ombro. Ele lhe enviou uma piscada de olho, que a fez corar. Incrível como ela ainda se sentia tímida quando sentia Finn ao seu redor... fazendo sinal de que acabaria a aula logo, ela acabou a canção e se levantou.

–Olá!- ela lhe deu um selinho quando ele apanhou seu material.

–Olá, linda.- ele sussurrou.

Os alunos começaram com um “ohhhhhhhhhh” em torno deles, implicando e rindo, e Rachel escondeu o rosto no peito de Finn, envergonhada.

– Vão atrás do que fazer!- Finn riu. – A próxima aula de vocês é com a Santana, não cheguem atrasados, pro bem da pele de vocês!

Ao ouvirem a citação do nome da professora mais carrasca da Music House, todos deram no pé rapidinho e deixaram o casal em paz.

Eles caminharam em silêncio confortável até a sala de Rachel. Ao entrarem, ela o abraçou e perguntou:

– Tudo bem se meus pais vierem hoje à noite te conhecer? Eles chegaram de um cruzeiro e estão curiosos para saber quem é o cara que virou a cabeça da “estrelinha” deles.

–Humm... –Finn sorriu, presunçoso. – quer dizer que eu virei sua cabeça?

–Digamos que... – ela colocou a mão debaixo da blusa dele. – Você virou um pouquinho.

–Um pouquinho? Interessante... – ele murmurou, sentindo a mão astuta dela brincar pela sua pele. Segundos depois, suas bocas se entregaram sôfregas a um beijo ardente, sedutor.

Finn colocou-a sobre a mesa, fazendo-a gemer ao sugar seu ponto de pulso.

–Você não tem aula agora, né? – ele perguntou, a língua desenhando padrões aleatórios no pescoço dela.

–Não...- Rachel ronronou, a mente quase nublada de excitação.

–Ótimo.- foi tudo o que ele disse antes de baixar a parte de cima do vestido dela. Seus dedos corriam pela sua pele de oliva sedosa, seus lábios sentiam o sabor e o frescor dela.

Audaciosa, Rachel abriu o fecho do sutiã e os seus seios foram comprimidos por Finn, por sua boca e mãos ávidas.

–Finn!- ela deu um gemido tão agudo que ele teve que beijá-la para sufocar. Rindo, ele disse:

– Vamos ser rápidos e silenciosos, ok?

Ela assentiu, entregando-se ao memento. Estar com Finn era aquilo: entregar-se ao momento. Viver sentindo o sabor de cada segundo, quebrar regras que a tornavam dura demais consigo e com os outros. Ele sabia mexer com ela, fazê-la perder o medo.

O rapaz tirou sua blusa também, e Rachel o livrou do seu cinto e abriu o zíper de sua calça, abaixando-a. Sorrindo marota, ela tocou seu pênis e o fez grunhir de prazer ao apertar delicadamente seu órgão. Ficaram instantes ali, se excitando, trocando carícias, gemendo baixo. Até que ele falou roucamente ao seu ouvido “ eu te quero aqui, agora”. Rachel estremeceu, completamente molhada, pois ele colocou dois dedos dentro dela, e começou a bombear, a testar seus limites e autocontrole.

Rachel mordia os lábios fortemente, e Finn jurava para si próprio nunca se cansar de vê-la daquela forma. Com vontade, ele penetrou-a, ambos gemendo baixinho. Então, olhando fundo dentro dos olhos do outro, trocaram um beijo delicioso, quente, línguas se fundindo e se procurando sem cessar.

Rachel cravava as unhas em seus ombros, Finn estocava com mais força, ela queria gritar, chamar pelo nome do namorado o mais alto que pudesse, e quando se contraiu em torno dele, seu prazer dominando seu corpo e todas as suas emoções juntamente com ele, ela achou que nada, nada era melhor do que estar com ele, ser dele, e se tornar uma só com ele.

–Eu amo você.- ela disse, ainda sem fôlego, passando a mão por seu cabelo.

Finn beijou seu rosto, seu cabelo, seu colo, afogueado de tanto amor:

–Eu também te amo.

{...}

Receber seus pais para um jantar não era algo de outro mundo, mas Rachel estava nervosa. Ela nunca tinha gostado de alguém como gostava de Finn, e esperava que seus pais também o aprovassem. Em casa, já ao final da tarde, ela providenciava os detalhes para que tudo ficasse perfeito.

Então, seu telefone tocou, e ela viu que era Arthur Fitzpatrick, seu agente:

– Olá, Arthur! Alguma novidade?

–Oh, sim. Seu teste foi marcado para semana que vem, prepare um bom número, texto, música, ok?

–Claro, claro. – ela confirmou.

– Finn está aí?

–Não, ele foi na casa do irmão dele.

–Ah, o Kurt? Faz muito tempo que não o vejo.

–Você conhece o Kurt? –ela indagou. – Ah, esqueci que você e o Finn eram colegas de faculdade. Pelo o que tenho visto, até próximos... Arthur, você pode me dizer o que houve entre vocês naquela época? – ela perguntou de repente.

Rachel teve impressão de que ele pareceu pensar um pouco antes de falar:

–Por que a pergunta?- ele riu um pouco.

–Bom, vocês são íntimos, aparentemente, mas se tratam com uma frieza, até com certa hostilidade... só pensei em te perguntar, mesmo. Finn e eu até discutimos sobre isso, mas ele não me disse muita coisa, e...

– Olha, fazíamos faculdade juntos, e isso é tudo. Na verdade, ele era meu parceiro em festas, saídas, estas coisas.

–Só isso? – ela desconfiou.

– Rachel, na verdade... acho que não fica bem te dizer isso, mas... eu parei de sair com Finn desde que ele se interessou pela minha namorada.

Rachel sentiu um peso afundar seu estômago:

–Como?

–Ele... nós fazíamos parte da mesma irmandade na faculdade. Éramos os melhores amigos. Até o dia em que eu o peguei beijando a Kirsten.

–Kirsten Bathes? – ela perguntou, a voz um pouco trêmula.

– Ela mesma. Bom, Rachel, eu adoraria conversar mais com você, mas tenho mais alguns compromissos para agendar. Qualquer dúvida, me ligue! Nos encontramos no dia do seu teste com o Victor Strevsky, ok?

–Ok. – ela disse, já sem muito ânimo.

Se havia uma coisa que tirava Rachel do eixo era aquele ciúme que vinha para corroer suas entranhas. Finn estava com ela, mas, será que ele realmente tinha tido algo com aquela tal de Kirsten? Já não bastava aquele fantasma chamado Marley Rose rondando Finn pelos corredores da Music House para tentar seu juízo?

Fosse o que fosse, Rachel estava começando a achar que aquela história entre Finn e Arthur era mais densa e cheia de segredos que o que eles diziam. E ela estava ficando curiosa e preocupada com o rumo que estava tomando.

Mal sabia ela que, ao desligar o telefone, Arthur sorriu feliz.

Deixá-la com uma pulga atrás da orelha tinha sido mais fácil do que ele pensava.

Fingir que era um agente do circuito artístico da Broadway não era fácil, porque ele estava acostumado a arranjar prostitutas de luxo para os homens poderosos da Ômega, não em fazer aquilo; mas, até que um teste com Victor Strevsky não tinha sido difícil, tudo para convencer aquela Rachel Berry de que ele realmente era do ramo. Balançando a cabeça, ele constatou que tudo estava correndo bem nos seus planos. Tinha a namorada de Finn no papo, tinha adentrado a nova vida “feliz” que ele havia criado, e, em breve, ele cogitava, Finn pagaria caro por ter estragado tudo daquela vez. E pensar que quase ele também tinha sido expulso da Ômega por conta dele...

– Você não tem mais nada para fazer ?

– Já vou, Kirsten. – ele respondeu para a mulher que apareceu na sala interrompendo seus pensamentos.

 

 

 

 

 

Cap. 13: "Esperando pelos pais e ouvindo o que não se espera"

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