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Não passou muito tempo até que Finn e Rachel conseguissem seu primeiro escândalo na mídia. Na festa da Broadway ela era a recente estrela, que despertava mais intriga, assim em pouco tempo todo o mundo começou a se perguntar quem era o misterioso homem que passava para buscá-la todas as quartas depois dos espetáculos. Não ajudava, tão pouco, que ela respondesse com um sorrisinho nervoso cada vez que lhe perguntavam se estava saindo com alguém, sobre tudo se o entrevistador era uma famosa apresentadora de algum programa diurno. As últimas apresentações dela em Wicked se encheram de paparazzi tratando de retratar o maldito bastardo que havia conseguido conquistar Rachel Berry.

Rachel e Finn não falavam disso.

Ela costumava pensar que ele realmente não entendia o que significava protagonizar a obra mais vista de Nova York, mas para Finn parecia não importar o eventual incomodo da fala de Rachel. Porém se negava a acompanhá-la nas entregas de prêmios e nos jantares de gala beneficentes e Rachel pensava que cedo ou tarde terminaria por se cansar de tudo isso.

Kurt achava sempre divertido quando ele podia ocupar o lugar de seu irmão e ser o acompanhante oficial nos elegantes jantares e encontros.

Há um par de dias, porém, seu agente havia ligado para informar que um tabloide estava a relacionando com um jogador do Jets, já que Rachel havia começado a ir assiduamente a suas festas, acompanhando Finn. Ela não pode evitar pensar então, que essa podia ser a gota que transbordasse o copo. Quando escutou o som do punho dele na porta naquela manhã, enquanto tomava o café da manhã, Rachel soube que estivera certa.

- "O que se supõe que é isso?" – lhe perguntou Finn, sem sequer dizer bom dia, entrando no lugar.

- "Se o mover dessa forma não poderei saber jamais." – brincou Rachel, tratando de amenizar a tensão. Ele lhe lançou um olhar furioso, amassando o tabloide na mesa da cozinha.

- "Resulta que estou comprando o café, como qualquer pessoa normal e escuto duas mulheres atrás de mim falando de você e de Karl Russel, do quão lindos são como casal e do quão talentosos serão os filhos de vocês porque, claramente, ambos são enormemente aptos em suas funções." – voltou a pegar a revista, batendo no rosto do jogador de Futebol, enquanto falava. "O senhor da banca de revista, porém, não opinou o mesmo. Sabe, ele e sua esposa foram te ver no teatro e, em sua humilde opinião, você merece mais do que o Karl. Karl, O KARL, não é suficiente para Rachel Berry." – se jogou no sofá de forma violenta, jogando a revista no chão e Rachel se aproximou dele para se sentar ao seu lado.

- "Não entendo. Te incomoda que seja público que esse tal de Karl seja meu 'namorado', que saia nas revistas, ou... que nossos filhos sejam talentosos?" – disse, acariciando os escuros cabelos dele.

- "Me incomoda não ser o suficiente para você. Me incomoda que só sou esse... treinador de quinta que faz bagunça com sua filha quando nem mesmo o Karl Russel, estrela dos Jets, é suficiente para você." – murmurou, escondendo o olhar.

Rachel sentiu como se alguém lhe batesse com um bloco de gelo no peito.

- "Ei... olhe para mim." – lhe ordenou, pegando nas bochechas dele e recebendo um olhar triste como resposta. "Quero que grave isso na cabeça: sempre será suficiente para mim. Ainda se fosse um vagabundo desses que vivem nas saídas do metrô. Ainda assim, te amaria e seria mais que suficiente, porque seria Finn, o vagabundo e qualquer tipo de Finn me basta e sobra." – lhe confessou, enquanto acariciava os tristes olhos dele e Finn se aproximava mais dela.

- "Então... não está se conformando comigo?" – perguntou para ela.

- "Isso me dói um pouco, porque sabe perfeitamente que na realidade me conformo com todo o resto. Que todos esses anos, tudo o que fazia era me conformar com a fama, o trabalho e os fãs... esperando o momento em que você voltasse para minha vida." – disse Rachel, com um tom tão triste como o dele.

Ele atraiu ela para si, a sentando em seu colo como costumava fazer sempre que tinham esse tipo de momentos íntimos e frágeis.

- "Sinto muito, Rach. Não voltará a acontecer." – se desculpou, a beijando na cabeça.

Rachel se acomodou um pouco, apoiando sua cabeça no firme peito de Finn.

- "Um pouco de ciúmes, de vez em quando, não vai mal." – murmurou, antes de que ambos ficassem em silencio, desfrutando um do outro, enquanto a cara do pobre Karl Russel sorria idiotamente no chão.

Duas semanas depois, Finn vai a seu primeiro evento. É um baile de caridade organizado pelo Hospital de Crianças de Nova York. Rachel escolhe para ele um smoking que combina com seu vestido verde (Amy disse que parece um pinguim, mas que depois de tudo, isso é o que são, ou pelo menos assim é a metáfora).

Dançam, se divertem e Rachel canta um par de músicas. Ninguém pergunta quem é Finn: ainda se fosse o presidente seria pouco relevante. Rachel Berry está feliz e toda Nova York parece sorrir com ela.

Capítulo 11

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