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Dedos entrelaçados.

Os corpos suados, os peitos buscando respiração.

- Finn... – Rachel suspirou, olhando dentro dos olhos dele.

-O que foi, baby? – ele pôs uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.

-Eu não engravidei de propósito, tipo...

-Shh...- ele colocou o indicador sobre os lábios dela. – Eu nunca iria imaginar isso.

Rachel olhou-o com a maior ternura e se aconchegou em seus braços. Ali, eles estavam protegidos de tudo e de todos.

No dia seguinte, Rachel acordou com Finn acariciando sua barriga. Ele olhava-a com tanta adoração que ela não pôde deixar de achar que aquele bebê, mesmo em um péssimo momento, teria todo o amor do mundo.

-Hey. – ela disse. – Você já se considera um pai babão?

Ele riu, mostrando as suas covinhas adoráveis:

- Já. E você é a mãe mais linda do mundo.

Deslizando sobre o corpo dela, ele pousou os lábios sobre os de Rachel. Depois, disse:

- Tome cuidado quando você sair, ok? Agora você tem que cuidar de si e do nosso filho.

-Eu sei... Finn, por favor, prometa que não vai fazer nada precipitado.

-Eu prometo. – ele disse juntando suas testas.

{...}

Rachel olhou atentamente para os dois lados antes de descer os dois degraus que faltavam e pôr o pé na rua. Estava frio, e ela fechou mais o pequeno casaco em torno de si.

Antes de sair, Finn fizera o café da manhã e eles tomaram, entre beijos e sorrisos. Parecia até que a felicidade era algo natural para eles dois, o que, ao andar na rua, ela via que não. Rachel estava com um aperto no peito, uma sensação que a deixava em alerta e desconfiada.

Apertou o botão para o sinal de pedestres abrir.

Um arrepio correu seu corpo e ela virou-se a tempo de ver dois homens correndo em sua direção. Antes que tivesse tempo para esboçar uma fuga, eles pegaram-na e a colocaram dentro de um carro que saiu em alta velocidade.

-Me larguem! Me larguem! – ela esperneava e gritava com todas as suas forças, mas era segurada com facilidade por dois homens fortes e mal-encarados no banco de trás do carro.

-Olá, Rachel.- uma voz soou na frente e Rachel gelou. Era Arthur.

- SEU DESGRAÇADO! – ela rosnou e se debateu, tentando chutar o banco do passageiro onde ele estava.

-Owww, owww, gatinha. Calma aí. Acabou a farsa, estrela. Eu que  mando aqui e você vai ficar boazinha se não quiser se ferrar junto com seu namorado.

- Você não vai fazer nada com ele, entendeu? NADA! – Rachel berrou, mas isso apenas fez Arthur e os outros homens rirem e debocharem dela.

{...}

-Finn, a Rachel ainda está aí? – Kurt indagou, preocupado. – Ela não apareceu na Music House hoje.

-Não, ela... ela saiu bem cedo, pela manhã... – Finn respondeu.

-Ai, meu Deus, será que aconteceu alguma coisa? Eu já liguei para ela e não me atende!

-Kurt, Kurt... – Finn sentiu seu chão sumir. Eles não podiam ter pego Rachel.

-FINN? FINN?- Kurt berrou. – Fique calmo, por favor!

-Como posso ficar calmo, se eles tiverem raptado a Rachel, que ainda por cima tá grávida, eu não quero saber de mais nada! Eu vou matar o Arthur!

Rachel continuava se debatendo, e mordeu a mão de um dos homens que a segurava:

- Ai, sua cachorra! – ele gritou e lhe deu um tapa.

- Seus bandidos desgraçados!

-Eu já mandei você ficar calma, sua vadia! – Arthur revidou, apontando uma arma para o seu rosto. – Aqui você não vai mais bancar a diva, ouviu? Teu namorado agora vai sair da toca porque você é a isca perfeita, fica na sua!

Rachel se encolheu, assustada. Temia pela sua, pelo seu bebê, e por Finn.

Eles desceram de um carro e levaram Rachel consigo. Ela estava agora amarrada e amordaçada, chorando enquanto os homens a obrigavam a andar e Arthur apontava uma arma para ela.

Pararam de súbito, e Rachel ficou cara a cara com uma mulher ruiva e de aparência fria, quase mortal.

- Então, você é a Rachel que fez tão bem ao coração e à conduta do nosso estimado Finn? – ela falava e fel parecia escorrer de suas palavras.

-Kirsten, qual o próximo passo? – Arthur indagou, sem a animalidade com a qual estava tratando a garota morena no tom de voz.

- Vamos tocar o terror. – ela riu, sem humor, mas melevolidade. – Dá o telefone para a vaquinha falar com o grande amor da vida dela.

Os olhos de Rachel encheram-se de pânico e eles tiraram a fita isolante que tinham posto em sua boca para ela poder falar ao celular:

- Alô, Rachel?!- Finn atendeu ao primeiro toque, esganiçado. – Onde você está, meu amor?

Ela não conseguia falar, apenas chorar, mas Arthur encostou o cano da arma em sua nuca, forçando-a a dizer algo:

- Amor, eu... eu... eles me pegaram , Finn! – ela gritou, chorando. – Mas, por favor, não venha, não faça o que eles querem, chamem o detetive McGovern, não faça nada sozinho, por...

Arthur tomou o celular e falou diretamente com Finn:

- Quero acertar as contas com você na Music House, Hudson. Agora. Nem tente bancar o esperto, senão essa piranha morre.

O coração de Rachel parou momentaneamente. Eles não podiam estar indo para a escola de música, não, não...

-Enfiem ela no carro! – ordenou Kirsten.

Finn estava atordoado e ligou desesperadamente para o detetive, que o atendeu prontamente.

- Eles pegaram a Rachel e estão indo para a Music House! – foi tudo o que conseguiu dizer antes de sair correndo, desabaladamente.

 Eles chegaram em frente ao prédio onde ficava a Music House.

Rachel foi arrastada para fora, chorando, e Arthur e seus capangas, mais Kirsten, invadiram a escola.

Alunos, professores, todos que estavam lá foram feitos reféns.

Crianças e jovens choravam, os professores estavam assustados mas tentavam mantê-los calmos. Will pedia que os criminosos da  Ômega não fizessem nada com eles.

-Calem a boca, seus merdas! – Arthur esbravejou e apontou a arma par todos. – Bando de idiotas!

Kurt estava sentado no chão, junto com seus alunos. Tentava consolar a todos, até que sentiu que estava com o celular no bolso de trás. Aproveitando que um dos capangas de Arthur se distraíra, ele pegou o aparelho rapidamente e digitou para o detetive McGovern: “Arhtur fez a Music House de refém” e enviou. “Tomara que ele veja logo, por favor, Deus”.

-Logo a polícia vai chegar aqui e você vai ser pego, seu bandido!- Rachel vociferou para Arthur.

- Cala a boca, vadia, e anda!

Ele a arrastou para o auditório da escola de música:

- Não é aqui que você se sente bem? Não é aqui em que você pensa que é uma estrela? Hein?- ele puxou seu cabelo com força, e Rachel fez uma careta de dor.- Eu quero você exatamente aqui, Rachel, para quando o Finn chegar, vocês terem o final mais “épico” de todos! – ele disse de forma descontrolada, quase lunática de tanta fúria.

Arthur segurava Rachel e apontava uma arma contra sua cabeça quando Finn irrompeu pelo auditório.

A cena era terrível.

-Solta ela.- Finn falou entredentes. – Solta ela, seu filho da puta, e me enfrenta feito homem.

-Ah, claro. Porque foi “feito homem” que você traiu uma irmandade que te daria tudo e fugiu com o dinheiro e a droga, não é? Ele te disse, Sweetie? – Arthur encostou o rosto no de Rachel, fazendo-a ter um ataque de nojo e pavor. –Seu namoradinho era um canalha. Um canalhinha. Um filho da mãe que ferrou com todo mundo da Ômega!

-Deixa a Rachel em paz! – Finn gritou. – Seu negócio é comigo, seu porra! Se acerta comigo e deixa minha mulher e meu filho em paz!

O rosto de Arthur se iluminou  ao ouvir aquilo:

-Filho?! Um bebê Hudson, é isso mesmo, produção? Pena que vai nascer sem pai!

-Então atira em mim, desgraçado, ferra logo comigo, mas os deixe em paz! Deixe todas estas pessoas em paz! Eles não fizeram nada para você, fui eu que fiz, eu tô aqui, me acerta logo e acaba com isso!

-NÃOOOOOOOOOOOOO! – O grito de Rachel ecoou no auditório ao mesmo tempo que disparos de arma foram ouvidos.

Arthur caiu para um lado, ela caiu para o outro.

Finn caiu no meio do auditório.

Cap. 21: "Últimos Riscos"

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