Cinco amigas e suas mentes criativas
High Five Stories
–"E depois desse dia, eu sou a mulher mais sortuda do mundo, graças ao Finn."-Rachel fechou seu caderno, sorrindo para a garota que estava em sua frente. Ela tinha os olhos brilhantes e sorriu também ao ver que a história havia terminado.
–Mas mamãe...-Começou Jess, coçando a cabeça, enquanto tentava achar a palavra certa. Rachel riu, puxando a menina para um abraço.
–Querida, se ele gosta mesmo de você, vai aceitar você do jeito que é. Além do mais, 11 anos é muito cedo para se preocupar com amor. Enquanto isso, deixe tudo seguir o seu caminho...-Disse Rachel, dando um leve beijo na testa da filha.
–Eu entendi, mãe...só queria saber como você escreveu esse caderno/diário.-Perguntou Jess, sentando-se novamente na cama da mãe. Rachel sorriu, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. No auge dos seus 37 anos, ela continuava a mesma mulher linda de 6 anos atrás, quando finalmente se casou com Finn. Ficaram apenas um ano namorando, e com seus 26 anos, finalmente se casaram. Um ano depois, Jess já estava presente na vida do casal, com seu cabelinho moreno como o da mãe e olhos castanhos como o do pai.
–Enquanto toda aquela história com seu pai passava, eu escrevia nesse caderno, pra lembrar de tudo o que acontecia. É como um diário, mas pra mim, é apenas um caderno onde mostrei meus sentimentos. Tenho um que é da época do ensino médio, se você quiser ler.-Rachel disse, e Jess concordou com a cabeça, animada. Rachel tirou o outro caderno da gaveta, mas esse estava ainda mais empoeirado e com as folhas um pouco amarelas. Jess nem ligou para isso; apenas saiu saltitante com o caderno até seu quarto.
Rachel deitou-se em sua cama, exausta. Passou praticamente a tarde inteira contando aquela história para sua filha. Não que se arrependesse; aquilo foi como relembrar todo o seu sacrifício até ter finalmente Finn como namorado e depois, marido. Agora, eles eram uma linda família, em uma casa enorme. Ela se via cada vez mais ansiosa para que Finn chegasse e assim, pudesse contar a novidade para ele. Depois de alguns minutos, Rachel ouviu o barulho do carro do marido se aproximando, sendo estacionado na garagem. Sentou-se na cama, esperando por Finn.
–Boa tarde, gatinha.-Disse Finn, jogando sua pasta e seu paletó sobre a pequena poltrona que existia no quarto do casal, jogando-se na cama ao lado de Rachel.
–Boa tarde, gatinho.-Respondeu Rachel, roubando um rápido selinho do marido. Perguntou como havia ido no trabalho, como sempre, e escutava com atenção cada palavra de Finn. Ela se via cada vez mais nervosa com o que precisava contar para Finn, mas tentou manter a calma, deixando-o terminar.
–E você, o que aprontou hoje com a Jess?-Perguntou Finn, massageando os ombros de Rachel, vendo que ela estava tensa. Somente com esse ato, a baixinha já estava mais calma e relaxada.
–Mostrei pra ela o meu caderno. Aquele que eu escrevi tudo o que aconteceu desde aquele plano de "mulher perfeita".-Rachel riu, virando-se para ver a reação de Finn. Ele riu, abraçando a mulher pela cintura.
–Não me diga que ela está com problemas com garotos...-Finn perguntou, e Rachel pode ver como ele estava tenso e parecia bravo. Ela riu com a atitude do marido.
–Ela me disse que gosta de um garoto da sala dela, mas acha que deve mudar o seu jeito de ser pra ele gostar dela também. Foi aí que lembrei daquele maldito plano.-Rachel riu novamente, mas Finn parecia sério.
–Nada de garotos, Rachel. Ela ainda é muito nova.-Finn cruzou os braços, recebendo um olhar de reprovação de Rachel. Ela estava prestes a lhe dar um sermão, quando a porta da casa foi aberta. Aliviaram-se ao ouvir uma fina voz ecoando pela casa.
–TIA RACHEL! TIO FINN!-Ouviram o pequeno Nick invadir o quarto de ambos, preenchendo Finn de beijos. A criança de 5 anos de idade era filho adotivo de Kurt e Blaine, e era muito ligado a seus tios, principalmente a Finn.
–Nick, pare de correr pela casa!-Disse Kurt, tomando o pequeno no colo, enquanto cumprimentava o irmão e a cunhada. Blaine vinha atrás, enquanto um outro choro preencheu o andar de cima da casa dos Hudson. Santana embalava a pequena Lauren no colo, enquanto Brittany trazia a mala da pequena. Após frequentar alguns bares de lésbicas, Santana acabou encontrando sua alma gêmea, e um tempo depois, decidiram ter uma criança. Brittany decidiu ser a mãe biológica, mas isso não mudava nada. As duas amavam Lauren com todo o seu ser.
–Essa criança está atiçando o meu lado latino de ser! Não dorme por nada nesse mundo.-Disse Santana, deitando a filha na cama de Finn e Rachel. A mesma voltou a chorar, e Rachel decidiu tomá-la nos braços. Em alguns instantes, a criança cessou o barulho. Santana ficou boquiaberta, enquanto Brittany ria com a situação. Logo, Jess também estava ali, brincando com o primo.
Depois de alguns minutos, todos desceram e começaram a preparar a janta. Combinavam sempre de reunirem-se toda sexta, e Rachel havia dito que tinha uma grande notícia para dar. Santana e Brittany arrumavam a mesa, enquanto Kurt e Blaine preparavam uma bela lasanha. Já Finn e Rachel, paparicavam a pequena Lauren, e cuidavam de Jess e Nick. Rachel ficava encantada por ver o marido se dar tão bem com a filha e com o sobrinho. Ela tinha certeza de que seria assim também com o bebê que estava por vir. Sim; Rachel Berry estava grávida.
–E aí Rachel, qual é a grande novidade?-Perguntou Kurt, quando todos já estavam sentados na mesa, servindo-se da lasanha. Rachel respirou fundo, levantando-se de sua cadeira.
–Bom, eu estou orgulhosa em dizer que Jess finalmente terá um irmão. Ou irmã.-Disse, e viu todos na mesa sorrirem bobos, e olhou para Finn. Os olhos do marido brilhavam, e pela primeira vez na vida, ele deixou a comida de lado. Largou o garfo e a faca, e abraçou a mulher, fazendo com que ela saísse do chão. Todos abraçaram Rachel, parabenizando-a pelo bebê.
–Se eu não for a tia, tu sabe o que vai te acontecer, Rachel Berry.-Disse Santana, piscando para a amiga. Rachel rolou os olhos, logo depois a abraçando.
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11 anos depois...
Finn fazia sua barba, concentrado em não se machucar. Os cabelos brancos já apareciam, mas ele nem sequer ligava para isso. Acredita que a velhice significava que ele já passou por muita coisa na vida; e isso só o deixava cada vez mais contente. Tinha a mulher dos seus sonhos, e filhos maravilhosos.
–Pai?-Ouviu alguém o chamando, e saiu do banheiro, encontrando Joey sentado em sua cama, encolhido ali. Limpou o rosto, e sentou-se ao lado do filho. Acariciou suas costas, vendo que ele parecia triste.
–Algum problema filho?-Perguntou, e viu ele levantar o rosto. Finn se assustou ao ver os olhos inchados de Joey.
–Tem uma menina na minha escola que eu gosto muito sabe? Mas sempre que eu tento me declarar pra ela, eu volto atrás e fico me escondendo dela. Quando eu vou finalmente falar pra ela o que eu sinto?-Disse Joey, bravo consigo mesmo. Finn sorriu, puxando um pequeno caderno de sua cômoda. Joey olhou aquilo, curioso.
–Deixe eu te contar a história de como eu finalmente fiquei com sua mãe.-Disse Finn, abrindo o caderno com um sorriso no rosto.