Cinco amigas e suas mentes criativas
High Five Stories
"Hey, antes de vocês irem embora, eu quero mostrar uma coisa." Finn disse, antes que Rachel pudesse pegar a bolsa no sofá. Após tirar um foto daquele momento extremamente fofo, ela acordara o quarterback. Mas a pequena Zoey, continuava dormindo.
"An... okay." A morena disse, não fazendo a mínima ideia do que seria. Ela só estava tentando ignorar o fato de que Finn estava sem camisa, deixando seus músculos à mostra. Se o sorriso dele já conseguia deixar ela derretida, imagine o abdômen definido.
Passaram direto pelo quarto dele, andando até um pouco antes do final do corredor. A porta era da mesma madeira e cor das outras do apartamento. Rachel tinha quase certeza que ali ficava a sala onde ele guardava os troféus e medalhas que já havia recebido.
"Sei que a Zoey ainda não pode passar a noite comigo, mas acho que ela merece o cantinho dela aqui." Finn disse, abrindo a porta e revelando um quarto de bebê lindamente montado. "Além do mais, meus troféus pode ficar espalhados pela casa. Não me importo com eles." Completou, se mostrando um cara totalmente mudado.
Bom, nem tanto. A mídia formava uma imagem do quarterback, que não tinha nada a ver com a real. Ele dava certa importância para seus prêmios. Gostava deles arrumados e sem poeira, mas agora não mais. Zoey e, até mesmo Rachel, eram as coisas que ele dava mais importância - juntamente com Carole, é claro.
"É lindo, Finn." Rachel disse, um tanto emocionada. O quarto, assim como o do apartamento da morena, não era clichê. O papel de parede formava desenhos de flores amarelas, laranjas e cor-de-rosa. Os móveis eram brancos e bem localizados. Teto era pintada de rosa claro e as cortinhas eram amarelas, no mesmo tom claro. Além disse, haviam brinquedos espalhados por todo canto.
"Kurt me ajudou, mas pensei na maior parte. É bastante divertido escolher essas coisas." Finn afirmou, sorrindo ao ver que Zoey também sorria. Havia acordado há poucos minutos, ainda se encontrava sonolenta, mas sorria por causa das cores que chamavam sua atenção.
"Acho que ela gostou." Disse Rachel, acariciando as bochechas rosadas da filha.
"Yeah..." Finn se aproximou e fez o mesmo. A pequenas apenas encarou os pais com os olhos brilhantes que possuía, adorando o fato de mais um momento família ter iniciado.
~x~
Quinn adentrou a sala com o pote de pipoca e sentou-se em um extremo do sofá. Rachel estava em outro, amamentando Zoey. A pequena vestia a camiseta com as cores e o logo dos Giants - obviamente, presente do pai. Era sexta à noite, ou seja, noite de jogo.
Os Giants jogavam contra os Dallas Cowboys. Segundo Finn e Leroy, o Big Blue tinha grandes chances de ganhar, senão cem por cento. Tudo isso porque o time adversário era fraco e por outros diversos fatores que Rachel achou desnecessário prestar atenção.
"Por que tenho a impressão que você está quieta demais?" A morena perguntou à melhor amiga, percebendo que ela tinha o olhar fixo no chão, mas estava com a cabeça longe.
"O que? N-Não... não é nada." Quinn respondeu, quase dando um salto no sofá. Realmente, estava com o pensamentos longe.
"Eu tenho conheço. Tem algo errado." Rachel insistiu.
"Não, estou perfeitamente bem. Sou bem-sucedida, não podia ter pedido por uma amiga melhor, tenho uma afilhada linda, um namorado que me ama..." A advogada pontuou, não tão feliz quanto devia estar em relação ao último ponto.
"Espera... Sam disse que te ama?" A morena perguntou, arrumando a blusa, já que Zoey havia acabado de mamar. Não havia bem 'acabado', pois não tinha mamado direito. A pequena estava irritada desde o dia anterior, e Rachel desconfiava que talvez fosse os dentes apontando.
"Pois é..."
"E o que você disse? Você respondeu, né?"
"Vários caras já disseram isso pra mim, Rach. E todos eles disseram isso falsamente. Por isso, eu respondia. Porque também não sentia o amor que eles fingiam sentir." A loira explicou. "Mas o Sam... o Sam, eu senti que ele estava falando a verdade, que ele realmente me ama."
"Tem certeza?" Rachel perguntou. Havia passado pelo mesmo que Quinn, mas nunca achou que algum dos caras que já haviam namorado já tivesse falado a verdade. Porque se tivessem, ela não estaria solteira no momento, e não teria tido um bebê por fertilização artificial.
"Pior que tenho." Ela lamentou. "Eu respondi, mas... eu não sinto o mesmo. Eu gosto muito dele, mas não tanto quanto ele gosta de mim."
"Quinn..."
"Ele já falou de casamento e filhos, Rach. Eu tentei, mas não consigo imaginar um futuro verdadeiro com ele. São apenas suposições embaçadas." A loira disse, à beira de lágrimas. Sentia-se uma adolescente com seus dilemas.
"Isso tem haver com o Puck?" Rachel perguntou.
"O que?"
"Eu te conheço, Quinn. Sei que você tem tido muito contato com ele e, sabendo que você quer muito 'desencalhar', não acho que você ficaria neste dilema em relação ao Sam se não tivesse outro homem na situação." A morena explicou, sabendo pelo olhar da amiga que estava certa.
"Olha, o Puck vai se casar e eu não tenho certeza sobre o que eu sinto por ele. Se as mulheres de antigamente conseguiam se apaixonar pelo maridos com o tempo, eu também vou conseguir me apaixonar pelo Sam." A advogada disse, convencida de que seu plano daria certo.
"Não sou a melhor pessoa pra dar conselhos sobre amor e você sabe muito bem disso. Então se você acha que isto é melhor pra você, tudo bem." Rachel disse, voltando a prestar atenção no jogo, ninando Zoey, ainda inquieta.
Quinn apenas assentiu em agradecimento. Apenas precisava de apoio, não de um sermão.
~x~
Os Giants ganharam e no dia seguinte, Finn levou Marley para um encontro. O plano inicial era que eles fossem jantar em um restaurante recém-inaugurado, mas a mulher de olhos azuis o arrastou para uma balada - ambos tendo que enfrentar um mar de fotógrafos na entrada.
Ele tentou ignorar as inúmeras chamadas de Puck, imaginando que as fotos já deviam ter parado na internet. Também não ficaram muito tempo na boate, pois logo já se encontravam, ao amassos, no loft de Marley. Finn planejava apenas conseguir o que queria, ou seja, transar com ela e fazer o mesmo que sempre fazia com as garotas fúteis que saia. Ir embora pra casa, assim que ela dormisse, e nunca mais olhar na cara da morena.
Percebeu Marley arrancando seu próprio vestido, enquanto ele nem ao menos estava devidamente excitado. Ela era magra demais, Finn não gostou muito do que viu.
O celular do quarterback tocou novamente e, daquela vez, ele preferia levar um sermão de Puck. Estava considerando rejeitar uma transa pela primeira vez na sua vida.
Separou-se dela, pedindo pra mesma esperar e pegou o celular no bolso do jeans. Mas não era Puck quem ligava pra ele, era Rachel. Daquela vez, ele ficou preocupado com a ligação da morena e estava certo em ficar. Assim que desligou, Finn catou sua camisa - tirada poucos minutos antes - no chão e conferiu se as chaves e a carteira estavam no bolso.
"Onde você vai?" Perguntou Marley, surpresa.
"Não posso ficar. Minha filha está no pronto-socorro." Ele respondeu, já na porta do apartamento.
"Espera, você tem uma filha?" A mulher de olhos azuis perguntou, ouvindo a batida da porta. Ela não obteve resposta.