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Notas da autora:

Desculpem mesmo pela demora, a inspiração deu aquela fugidinha básica hehe

Boa leitura :)

 

Inicialmente, ela quis ficar sozinha, mas Jon e Edith sabiam o jeito certo de falar com ela e Lea passou a tentar a ocupar a cabeça com os pais e o melhor amigo, - além de claro, Naya, Dianna, Steph -, e buscar apoio nas mensagens dos fãs no twitter.

Já Cory preferia apenas focar no novo script que recebera, - um remake do filme "Afinado no Amor", que outrora fora sucesso protagonizado por Adam Sandler -, e apenas esquecer as redes sociais e tudo que aconteceu. Não queria esquecer que a mulher que amava carregava seu filho, que apesar de não conhecer, também amava muito. Queria apenas esquecer aquelas horas agonizantes na sala de espera e a própria dor. Afinal, era ele que cuidava de Lea quando ela baixava todas as suas defesas e chorava à noite.

E nesse embalo, algumas poucas semanas se passaram. A vida voltou ao normal, Cory gravando o novo filme em companhia de Mark, - que pela segunda vez fazia papel de seu melhor amigo nas telas -, e Jon Bon Jovi, - que substituía Billy Idol na nova versão -, e Lea discutindo a possibilidade de um segundo álbum.

O repouso de quarenta dias da nova-iorquina havia acabando há alguns dias e ela podia fazer as coisas normais novamente, - isso incluía sexo, pegar peso e dirigir -, mas eles não haviam falado muito do primeiro quesito. Estavam focados demais em suas respectivas atividades para sentir falta um do outro e só nos momentos onde a cabeça ficava fazia que eles percebiam.

"Cory?" Lea sussurrou o nome do marido, observando a feição adormecida tranquila dele.

Estavam distantes e isso a matava, mas prometera a si mesma que daquele dia não passaria. Por isso, às duas da manhã, depois de tanto se revirar na cama e não conseguir dormir, ela decidira o chamar.

"A-Aconteceu alguma coisa?" Foi o que o canadense perguntou, visivelmente preocupado, após algumas tentativas da morena de chamá-lo.

"Não, eu só... não estava conseguindo dormir." Afirmou.

Ele fez menção de sorrir e beijou a testa dela, com o polegar acariciando sua bochecha. E no que fora segundos, eles "fizeram as pazes", voltando a se sentir aliviados novamente. 

"Você continua querendo ter filhos comigo, certo?" Ela perguntou, feliz pelo clima leve que pairava no quarto.

"Com você?" Fingiu-se pensativo, deixando Lea, mesmo sem querer, preocupada. "Quero ter 10, 20, 30 ou quantos você quiser. Por que ainda tem dúvidas disso?" Perguntou ele, encontrando o sorriso lindo dela em meio à escuridão.

"Eu não sei. É só que..."

"Depois de que eu te amo e que quero passar o resto da minha vida com você, essa é a minha maior certeza." Afirmou ele e ela derreteu por dentro, se beijaram e fizeram amor naquela noite.

~x~

"Lea, Steph no telefone." A voz de Cory invadiu o banheiro no mesmo momento em que ela arremessou mais um teste no cesto de lixo.

Estava tentando, desde àquela, engravidar novamente, mas não entendia o por quê de tantos testes negativos ao longo das semanas se sua ginecologista lhe garantira que estava perfeitamente saudável e pronta para carregar outro bebê em seu ventre.

"O que esse deu?" Ouviu a voz do canadense novamente, assim que se virou para sair do banheiro e atender a ligação da sua agente.

"Negativo... de novo." Respondeu, visivelmente frustrada e pronta pra sair do banheiro quando o marido a impediu.

"Hey, a gente vai conseguir. É só questão de tempo." Afirmou ele, com as mãos acariciando os ombros dela.

"É isso que você me diz toda vez que recebemos um negativo e adivinha? Não funciona, porque eu sempre recebo outro negativo." Disse ela, agora irritada. "É frustrante. Do que adianta isso tudo? Sucesso na carreira, a Steph me ligando toda hora com uma proposta nova se eu não posso fazer algo simples e que eu mais quero que é engravidar? E ser capaz de seguir com a gravidez até o final, porque, né?!" Completou, se soltando das mãos dele e seguindo para fora do banheiro.

"Isso não se trata só de você." Afirmou Cory, sem levantar o tom de voz, observando ela parar, mas continuar de costas. "Eu também sofro, okay? Eu só tento ser forte. Só tento ser forte por você, já que já é difícil demais perceber que você tem chorado ou que você esconde o que sente de mim ao invés de se abrir comigo e resolvermos isso como dois adultos." Disse, deixando um silêncio mortal tomar conta do ambiente.

"E-Eu... tenho que ver o que a Steph quer." Foi o que Lea falou, antes de sair de vez do banheiro.

~x~

Ele bufou sem perceber, levando a caneca de café à boca e voltando a reler o script, ao mesmo tempo em que a morena adentrou a cozinha.

"V-Você está bravo comigo?" A voz dela chamou a atenção dele, que se virou e encarou a silhueta frágil dela.

"Não." Respondeu simplesmente. "Olha... me desculpa, eu perdi a cabeça e-e..."

"Eu que tenho que pedir desculpas, eu exagerei, Cory. É óbvio que você também sofre, mas às vezes eu acabo esquecendo, porque você é o sujeito de dois metros de altura que parece aguentar qualquer coisa." Retribuiu o sorriso terno dele. "Eu tenho um metro e meio e meus órgãos já ocupam espaço o suficiente aqui e eu acabo explodindo com mais frequência por não conseguir guardar muita coisa." Afirmou, sendo puxada por ele para um abraço.

"Eu te amo, Sra. Monteith." Disse ele, fazendo-a sorrir mais ainda. Sra. Monteith chegava a ser mais sexy do que Lea Michele quando ele falava.

Ela não respondeu as palavras dele com mais novas palavras, respondeu com uma série de beijos calmos que fez ele largar o script e a caneca de café por ali mesmo. E foi só mais tarde, quando estavam indo dormir, que a morena pode enfim falar do evento que ambos haviam sido convidados para ir, segundo sua agente.

Tratava-se de um evento de caridade onde eles doariam seus cachês para o orfanato onde o mesmo ocorreria. Era uma tarde onde eles podiam interagir com as crianças, conhecer a estrutura e incentivar mais doações que mantinham, além da ajuda do governo, locais como aquele.

"Então, eu estava pensando..." Disse Lea, aconchegada no peito do marido, enquanto eles brincava com a ponta dos seus cabelos.

"Estava pensando...?" Perguntou, ao ver que ela se calou. Talvez para pensar numa forma de falar aquilo.

"Eu estou meio que cansada de criar tantas esperanças e receber esses negativos. E acho que com a quantidade deles, eu não devo engravidar agora e... eu estou pronta para ser mãe, sabe?"

"E eu estou pronto para ser pai." Disse ele, mesmo sem ainda entender o que ela queria dizer.

"Yeah, e óbvio que não devíamos parar de tentar, apenas deixar acontecer. Se eu tiver que engravidar, eu vou, e se não tiver, vai ser triste, mas tudo bem..." Explicou ela, gesticulando com as mãos e começando a falar rápido demais para que ele entendesse.

"Onde quer chegar, babe?"

"É que eu acho que nós devíamos adotar." Disse, finalmente.

"Adotar?" Perguntou ele surpreso e a morena assentiu. "Tipo, um bebê?"

"Foi só uma ideia. Senão quiser, tudo bem, podemos continuar tentando." Explicou a nova-iorquina, tentando esconder a pontada de decepção. Pelo quanto ele amava crianças e queria ser pai, achou que ele aceitaria na hora.

"Eu não sei se quero ou não. É uma grande decisão, Lea, não posso tomar de uma hora pra outra." Afirmou o baterista e ela concordou, forçando um sorriso. "Na verdade, isso nem era algo que eu tinha sequer pensando. Preciso de tempo pra pensar, okay?"

Ela concordou, beijando-o e realmente convicta de que aquele evento ajudaria Cory à tomar uma decisão sobre o assunto.

 

Notas da autora: Deixem reviews pra me deixar inspirada pra escrever o próximo :) Até mais, eu espero!

 

 

 

 

Capítulo 3

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