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Puck e Santana foram os primeiros a chegar. O empresário logo se juntou a Burt, Blaine e Finn na frente da TV, enquanto a latina se juntara a Kurt e Carole, que terminavam de dar um retoque nas coisas que faltavam.

A história de Pucktana - como eram chamados pela mídia - é considerada bem cômica ao ser relembrada depois de dois anos. Tudo começou quando Finn saiu com Santana pela primeira vez. Ela foi uma das raras garotas com quem o quarterback teve vontade de sair por mais de uma vez. Então, eles saíram de novo. E de novo. E mais uma vez.

O quinto encontro foi no antigo apartamento dele, onde Finn promoveu uma festa para o pessoal do time, comemorando o fato de terem entrado de férias. Ele acabou bebendo demais, vomitando no tapete da sala e desmaiando. Puck e Santana foi com quem cuidarem dele e o levaram pra cama. Depois, o homem de moicano pediu para que a larina dormisse no apartamento porque era tarde demais pra ela ir pra casa.

Engataram um conversa e quando viram, já estavam se beijando. Transaram no sofá e, na manhã seguinte, Santana terminou com Finn. Ele nem ao menos ficou abalado, apenas aceitou a decisão. A latina era apenas mais uma pra ele.

Ela e Puck esconderam a relação por algum tempo, até que Finn descobriu e, surpreendentemente, ficou feliz pelo casal. Exceto pela parte de que ele fez questão de comprar um sofá novo. O melhor amigo do quarterback se ajoelhou e fez o pedido de casamento no dia do aniversário de dois anos da primeira vez dele e de Santana.

Ela aceitou e, desde então, os preparativos para o casamento estão à todo vapor.

Sam e Shane, com Mercedes e os filhos, também não demoraram muito para chegar. E era o mesmo de sempre, as mulheres iam pra um canto e os homens paravam na frente da TV.

"A Quinn ainda não chegou?" Sam perguntou, ansioso.

"Ainda não. Ela deve vir com a Rachel." Finn respondeu.

"Quinn? Quinn Fabray?" Puckerman perguntou, curioso. Ele sabia que a loira odiava ele, após tantas discussões sobre a melhor amiga dela, o melhor amigo dele e Zoey no telefone. Além disso, aquela cantada barata que ele havia usado com ela não havia funcionado de jeito nenhum. Mas não podia deixar de se sentir atraído pela loira. Atraído de uma forma diferente.

"Yep, Rachel pediu pra eu achar um amigo solteiro pra Quinn, então... eu sugeri o Sam." Finn respondeu, batendo nas costas do amigo que cantava vitória.

"O Trouty Mouth aqui vai ser dar bem hoje." O loiro disse enquanto os outros riam e Puck revirava os olhos.

 

~x~

 

Aos poucos, o apartamento foi "enchendo" - porque era impossível encher uma cobertura daquela com menos de 300 pessoas. Haviam, mais ou menos, 50 convidados. Isso incluía, o pessoal do time com suas namoradas ou mulheres, os amigos não-jogadores como Artie, o diretor do filme que Santana, que era atriz, estava filmando e Jake, irmão de Puck; o casal de treinadores do Giants e também amigos, Shannon Beiste e Ken Tanaka, e amigos de amigos, como Brittany.

Rachel demorou um pouco pra chegar. Pelo visto, Zoey havia resolvido dar trabalho logo na hora de sair de casa. Tanto que teve que tomar outro banho.

Mas Rachel, os pais dela, Zoey e Quinn chegaram quando a festa ainda estava no início. Finn fez questão de abrir a porta e recebeu um belo abraço e um beijo na bochecha da morena, que o deixaram de mais bom um humor ainda. Cumprimentou a loira que vinha atrás dela, também com um abraço, e avistou os Berry - o mais alto deles com o carrinho Zoey em sua frente.

"Finn, estes são meus pais, Hiram e Leroy Berry." Rachel disse, indicando os dois homens.

"Prazer em conhecê-los. Eu sou o-"

"Finn Hudson, quarterback dos Giants e o cara que quase me fez ter um ataque cardíaco há dois anos atrás, ganhando o Super Bowl." Leroy disse, apertando a mão do quarterback e sorrindo.

"É, parece que o senhor já me conhece." Finn disse, rindo.

"Espero que ganhem de novo nesta temporada, rapaz. Aquele tal de Sam jogou bem na passada, mas você estava contundido e não deu muito certo." Disse ele, fazendo Rachel revirar os olhos. Quando começava a falar de futebol, não parava mais.

"Vou fazer o possível pra ganhar essa." O quarterback afirmou, sorrindo e se agachando até o carrinho de Zoey. A pequena já estava animada ao ter ouvido a voz do pai, e abriu um belo sorriso quando o avistou. "Hey, senti sua falta!" Disse ele, pegando-a e enchendo a bochecha rosada da filha de beijo.

"Finn, acho que você tem alguém pra me apresentar." Quinn afirmou, de olho em um certo loiro sentado no sofá.

"Verdade." Ele afirmou, entrando totalmente no apartamento. "Trouty Mouth, chega aqui!" Chamou Sam, que se levantou do sofá com um sorriso nos lábios. E que lábios!Pesou Quinn.

"Trouty o que?" A loira perguntou.

"Longa história..." Respondeu Finn, relembrando da música que Santana tinha cantado de improviso há meses. "Bom, Sam, essa é a Quinn. Quinn, esse é o Sam. Por favor, não se peguem no meu sofá." Ele disse ao ver o amigo se aproximar. Ignorar o fato deles terem corado ao extremo, apesar de se comerem com os olhos, e se voltou para Rachel e os pais dela.

Eles pareciam ser bem legais e Finn não estava mais se borrando de medo. Rachel estava mais linda do que nunca, e ele desejou por milésimos de segundos que o casamento dali a duas semanas fosse dele com a morena e, não de Puck e Santana

"Podem ficar à vontade, senhores Berry. Eu vou levara Rachel e a Zoey pra conhecer minha mãe." O quarterback disse, avistando Leroy deixar o carrinho no vão do corredor de entrava e levar Hiram para se enturmar com o resto.

"Sua mãe quer me conhecer?" Rachel perguntou.

"Yeah, claro." Ele afirmou. Surpreendentemente, pegou a mão dela e a levou para onde Carole se encontrava. A mulher, que Rachel não dava mais que 50 anos, pareceu surtar ao ver a neta e a morena pela primeira vez. Encheu Zoey de beijos, apertou a escritora em um abraço e até mesmo a chamou acidentalmente de "nora".

"Burt tem que conhecer essa princesinha." Carole afirmou, antes de sair da sala de jantar com Finn atrás dela e Zoey em seus braços. Os empregados ainda arrumavam a enorme mesa.

"Rachel?" Ouviu-se uma voz. A morena se virou e avistou um homem de terno, bem arrumado. "Sou Kurt Hummel, irmão do Finn." Ele se apresentou, estendo a mão para ela.

"Oh, o cara do celular. Sou Rachel Berry." Ela disse, rindo.

"Sim. Queria te pedir desculpas. É que o Finn é, ou pelo menos era, cheio de ficantes e nunca imaginei que ele mudaria por causa de alguém." O estilista afirmou.

"Aceito suas desculpas. E eu também nunca imaginei. Ainda mais depois que li sobre ele." A morena disse, sorrindo.

"Achei que você era mais difícil. Havia até separado uma bolsa Chanel para te convencer." Kurt disse, parecendo sério e ele realmente estava sendo. Não havia viajado até a América apenas por causa do irmão, estava repondo o estoque da Vogue de Nova York.

"Oh... mas eu ainda vou ganhar a bolsa Chanel?" Ela perguntou, fazendo ele rir.

"Okay, eu vou te dar mas... não conte para a Santana. Aquela bitch vai encher minha paciência se descobrir." O estilista disse em um sussurro, fazendo ela rir também.

"Tudo bem, prometo que não contarei à ela."

"Ótimo." Afirmou ele. "Agora me diga. Se você é tão fácil assim, por que não cair nas graças do meu irmão ainda?" Perguntou, fazendo ela corar.

"Por que todo mundo quer que fiquemos juntos?" Perguntou ela em resposta.

"Porque te garanto que metade da população deste país quer que aquele gigante deixe de ser galinha e pare com uma mulher só." Kurt respondeu, levando em consideração, um ponto importante.

"Somos apenas amigos que tem uma filha, nada mais." Rachel respondeu, não muito convincente. O estilista não insistiu - planejaria algo para que ficassem juntos antes de voltar para Londres - e levou a morena para buscar sua bolsa Chanel.

 

~x~

 

"Quero que vocês e a Quinn me ajudem com as coisas do casamento. Faltam seis semanas e eu não escolhi nem meu vestido ainda." Santana disse em meio a roda de mulheres que incluía Rachel, Mercedes e Brittany. Quinn estava com Sam, que por sua vez, estava com os ouvidos ocupados por Leroy Berry.

"Claro que vamos ajudar. Pode contar comigo." Mercedes disse, simpática, enquanto Rachel varria a sala com os olhos à procura de Finn e Zoey. Em um momento, o quarterback estava apresentando orgulhosamente a filha à todos e no outro, havia sumido.

"Rachel!" Ouviu seu nome em um sussurro e se virou discretamente. Encontrou Finn na entrada do corredor, chamando por ela com uma cara estranha. A preocupação tomou conta de seu corpo imediatamente.

"Conte comigo também, Santana." A morena disse, dando um sorriso e levantando-se. "Com licença, meninas." Completou, indo em direção ao corredor. Finn nem esperou ela chegar até ele e já voltou a andar até seu quarto com a morena o seguindo.

"Zoey não para de chorar. E-Eu não sei se ela está com fome, mas eu já conferi a frauda dela e não tem nada lá." O quarterback disse, em tom de desespero. A filha nunca chorara ao ponto de que nem ele pudesse acalmá-la.

"Impossível ela estar com fome, ela mamou há pouco tempo. Deve estar irritada. Nunca viu tantas pessoas em um dia só." Rachel disse, entrando no quarto e pegando a pequena no colo. Sentou-se na cama de Finn e tentou acalmá-la.

"Desculpa por isso." Ele disse, realmente arrependido.

"Não foi sua culpa, Finn." A morena afirmou, sorrindo levemente. "Agora me ajuda a acalmar ela." Pediu e ele sentou ao lado dela. Próximo demais do que deveria, mas passando uma sensação de segurança imensa.

"Hey, o que aconteceu com você, hein?!" Finn sussurrou, acariciando a filha. Ela resmungava às vezes e chorava outras, não aceitava a chupeta e estava completamente estressada. Ficaram bons minutos felizes pelo momento família e, ao mesmo tempo, triste por Zoey não parar de chorar.

"Algum problema vocês dois?" A voz de Carole invadiu o quarto e a mulher adentrou o mesmo, preocupada com a neta.

"Zoey está apenas irritada." Rachel respondeu.

"Sabe o que é isso? Dengo." Afirmou ela. "E a solução é colo de vó." Completou, pegando a pequena que, surpreendentemente, parou de chorar.

"Como?" Finn perguntou, surpreso.

"Vão aproveitar a festa vocês dois, ok? Eu cuido dela." Carole disse, dando uma piscadela e saindo do quarto. O quarterback ouviu Rachel rir e fez o mesmo que ela. Estavam ali morrendo de preocupação quando podiam ter pedido ajuda há muito tempo.

"Eu não tive chance de dizer mas... você está linda hoje." Ele afirmou, tentando não corar. Tentativa, a qual, ela não teve muito sucesso.

"An... obrigado. Você não também não está de se jogar fora." Ela disse, rindo e aliviando o clima. Estavam sentados na cama dele, próximos demais e estavam se elogiando...

"Eu sei que isso vai soar como uma cantada, ou que estou tentando fazer qualquer coisa com você mas... bem, eu congelei meu esperma pra contratar uma barriga de aluguel daqui a uns dois anos e ter um filho porque, tipo, eu não confio ou confiava nas mulheres... O meu ponto é: eu não poderia ter pedido uma mãe melhor ou uma filha mais perfeita e, bom, você é a primeira mulher que eu confio depois de anos e anos." Finn disse, emocionando e surpreendendo ela.

"Por que esta dizendo isso logo agora?" Perguntou a morena.

"Eu não sei... Quis ser espontâneo, eu acho." Respondeu, correspondendo ao sorriso dela.

"Neste caso, eu... eu achei que seria um inferno criar uma filha com um cara que eu julgava metido e galinha mas... eu também não podia ter pedido pai melhor pra minha filha." Rachel afirmou, encarando seus olhos castanho-mel. Grande erro... ou, talvez, grande acerto!

Eles foram se aproximando em direção a boca um do outro. Eles iriam se beijar, iriam tentar controlar as mãos, mas não iam conseguir, iriam ter uma noite épica naquela cama enorme.

Muito bem, "iriam". Porque Quinn Fabray entrou no quarto, interrompendo-os, antes que pudessem ao menos se beijar.

"Rachel, o seu pai não quer deixar o meu futuro namorado em paz."

Capítulo 8

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